GUAMARÉ RN-Desinvestimento da Petrobras no RN não tem volta, diz Bento Albuquerque Segundo ele, o monopólio exercido pela estatal nas últimas décadas tem limitado o investimento de outras empresas


da Petrobras no RN não tem volta, diz Bento Albuquerque

Segundo ele, o monopólio exercido pela estatal nas últimas décadas tem limitado o investimento de outras empresas

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Foto: Agência BrasilAgência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou a afirmar, nesta quarta-feira, 18, durante seminário Motores do Desenvolvimento do RN, que a tendência é que outras empresas ocupam o espaço da Petrobras no Rio Grande do Norte, levando investimentos para áreas que não estão mais no radar da companhia.

O plano de investimentos da companhia prevê concentração das operações na região Sudeste, estratégia que vem enfrentando resistência de trabalhadores da companhia e pela classe política do Nordeste. E, mesmo depois de ouvir uma enfática defesa da governadora Fátima Bezerra da permanência da empresa no Estado, Albuquerque polidamente deixou que o processo não tem volta.

Segundo ele, o monopólio exercido pela estatal nas últimas décadas tem limitado o investimento de outras empresas e citou como exemplo disso os 9.500 km de gasodutos existentes no Brasil contra os 30 mil km da Argentina “e nos EUA nem se fale”.

Tentando tranquilizar a audiência de empresários, porém, disse que o RN é o grande vencedor do programa da estatal de oferta permanente de áreas para a exploração de petróleo e gás que vem atraindo o interesse de várias empresas, de grandes multinacionais à pequenas companhias interessadas em crescer nesse nicho.

Hoje, além de campos de petróleo, a Petrobras está vendendo refinarias, fábricas de fertilizantes e de biodiesel e outras unidades nas regiões Sul, Norte e Nordeste. A expectativa é que a companhia mantenha apenas fatias em áreas em Sergipe, onde fez recentemente grandes descobertas de petróleo e gás.

A estratégia é criticada por governadores do Nordeste e pela Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, lançada em maio, que iniciou na semana passada um giro por estados nordestinos para tentar levantar apoio para a causa.

Na última sexta-feira, 13, a governadora Fátima Bezerra recebeu representantes do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), que entregaram a ela estudo sobre os impactos previstos dos desinvestimentos da Petrobras no estado.

O estudo, intitulado “A estratégia da Petrobras e seus impactos no RN”, aborda sobre os impactos econômico, fiscal e empregatício da saída da companhia do estado. O estudo fala em redução do número de trabalhadores do setor no estado, maior rotatividade e salários menores.

Atualmente, o plano de investimentos da Petrobras para o quadriênio 2020/2024 projeta entre US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões (R$ 82 bilhões a R$ 123 bilhões), sendo US$ 75,7 bilhões (cerca de R$ 310 bilhões), dois terços desse valor, exclusivamente no pré-sal e outros 8% em refino, 75% direcionados para a região Sudeste.

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