A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (8) um jovem suspeito roubar um carro durante assalto, em Goiânia. De acordo com as investigações, Vitor Teixeira dos Santos, de 18 anos, é filho do dono de uma transportadora na capital. Ele nega ter participado do crime e diz que estava na casa da namorada. Além dele, Operação Acã prendeu quatro suspeitos de envolvimento com outros casos de roubos de veículos.

De acordo com o delegado João Victor da Costa, da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFVRA), todas as testemunhas ouvidas reconheceram Vitor como sendo um dos autores do crime. “A gente não tem dúvidas de que ele tenha participado do assalto. Um jovem de classe média alta, que dispunha de um padrão de vida alto e acabou se envolvendo no mundo crime”, afirmou o delegado.

O roubo pelo qual Vitor foi preso aconteceu na noite do último dia 23 de junho, no Setor Serrinha. De acordo com a polícia, ele e outro suspeito, preso na época, invadiram um comércio e, armados, abordaram vários clientes no local. Segundo o delegado, além de roubarem vários pertences das vítimas, a dupla levou um VW Jetta e fugiu. O carro foi encontrado dois dias depois do crime na chácara do pai de Vitor.

“A Polícia Militar encontrou o veículo na chácara, no Setor Progresso, mas não foi possível prender em flagrante o Vitor, já que ele não tinha sido localizado.  Depois disso pleiteamos junto à Justiça a decretação da prisão dele, sendo cumprida na manhã de hoje aqui em Goiânia”, afirmou o delegado.

Durante a apresentação, Vitor negou participação no roubo do carro e no assalto e reafirmou que estava na casa da namorada.

A operação, que resultou nas prisão do jovem, foi deflagrada nesta manhã. Além de Vitor, foram presos por outros roubos, sem nenhuma relação entre si,  Adriano Pereira da Silva, de 25 anos, e Igor Nozor Rocha Dias Ramos, de 22 anos e filho de um PM, Adriano Cândido Bento, de 24 e Gustavo Moura dos Santos de 33 anos. De todos eles, apenas Vitor não tinha passagem pela polícia.

Provas
De acordo com Costa, a polícia utilizou câmeras de segurança para identificar e prender os suspeitos, além de várias provas testemunhas. Em uma delas, registradas durante um assalto a uma pizzaria no Jardim Novo Mundo em dezembro do ano passado. Segundo ele, as imagens mostram Igor e Adriano Silva saindo de dentro do estabelecimento após roubar os clientes e, em seguida roubam o carro de uma das vítimas (assista abaixo).

“Os casos estavam sendo investigados pela nossa delegacia. Com exceção do Igor e do Adriano Silva, nenhum deles tem ligação entre sim, são fatos isolados. O que os une é o modo de agir, em todos os casos elucidados pela operação de hoje a gente percebe a violência com que eles agiam durante os roubos”, afirmou o delegado.

Entre os casos investigados, ao efetuar a prisão de Adriano Cândido Bento, a polícia apreendeu uma porção de pasta base de cocaína. De acordo com o delegado, há a suspeita de que Bento tinha ligação com o tráfico de drogas.

“Apesar dele não ter passagem, caiu desta vez.  E isto é um traço comum de quem rouba carro, geralmente eles roubam carro pra transportar droga, enfim, é uma relação muito próxima os dois ilícitos”, disse.

Operação
A ação da Polícia Civil realizada nesta sexta-feira é resultado de várias investigações separadas feitas pela DERFRVA, que apuraram crimes cometidos desde dezembro de 2015. Um dos casos apurados é o de um homem suspeito de vender um carro para uma pessoa que mora no Amazonas e registrar uma denúncia de roubo na delegacia.

De acordo com o delegado, com o boletim de ocorrência em mãos, o homem conseguiu receber o valor repassado pela seguradora, além do dinheiro pago pelo comprador. Segundo Costa, o mesmo suspeito também vendeu um segundo carro, furtado, para outra pessoa do Amazonas.

Segundo a polícia, o homem não foi preso. A mulher dele foi conduzida coercitivamente à delegacia para prestar esclarecimentos sobre os crimes.

Costa afirmou que o próximo passo da operação vai ser analisar a pena de cada suspeito de acordo com os crimes que cometeram. A corporação ainda espera que novas vítimas dos suspeitos apareçam na delegacia para reconhecer os presos na operação.