Cristãos ou fariseus?
Cristãos ou fariseus? – Mt 5:17-20
Marcadores: Jesus, Sermão do Monte, Sermões, Vida Cristã
Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 13 de maio de 2012
Pr. Plínio Fernandes
Meus irmãos, vamos ler Mateus 5:17-20
17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. 18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. 20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
Em Israel havia, entre outros, dois principais grupos religiosos de grande proeminência entre o povo, e cujas doutrinas eram reputadas como da mais alta piedade: os escribas e os fariseus.
Os escribas eram os encarregados de copiar e preservar as Escrituras Sagradas, “a lei e os profetas”, que nós chamamos Antigo Testamento, e também de fazer comentários sobre elas, de modo que o povo pudesse conhecê-las. E os fariseus (a palavra quer dizer “separados”) eram pessoas de grande rigor em sua vida religiosa, que em grande parte determinavam o pensamento do povo de modo geral.
Estes dois grupos não eram pessoas conscientemente erradas, mas herdeiros de uma rica tradição que remontava aos dias de Esdras, que é considerado o primeiro escriba. Esdras havia proposto no seu coração que haveria de estudar, obedecer e ensinar a lei do Senhor em Israel, e por isto foi grandemente abençoado por Deus.
Os escribas e os fariseus desejavam seguir nos mesmos passos de Esdras. E por isto então, no seu desejo de obedecer à lei do Senhor criaram em volta dos mandamentos de Deus uma espécie de cerca, apresentando acréscimos que, se obedecidos garantiriam a obediência à lei. Estes acréscimos e explicações autorizadas, nos evangelhos são algumas vezes chamados “a tradição dos anciãos”.
Havia um total de 613 mandamentos, sendo 248 positivos e 365 negativos. Se você os guardasse seria uma pessoa “perfeita”. Entre esses “mandamentos”, os mais familiares a nós são aqueles mencionados nos evangelhos por causa dos conflitos que havia entre Jesus e os escribas e fariseus. Porque para os fariseus, guardar as tradições deles era a mesma coisa que guardar a lei e os profetas.
Mas não para Jesus. Por exemplo, ele curava enfermos em dia de sábado, andava mais que um quilômetro, coisas que para os fariseus eram proibidas; Jesus não se preocupava com as cerimônias de purificação que eles faziam quando voltavam da rua. Então, na visão dos escribas e fariseus, Jesus era um transgressor da lei. E não somente isto, mas em seus ensinamentos, Jesus convidava a todo o tipo de pecadores a virem a ele e ouvirem o Evangelho da graça de Deus, que oferecia perdão, salvação para todos os homens, e não somente para os de determinadas seitas.
Como pudemos ver ao estudar as bem-aventuranças, viver de acordo com os ensinamentos de Jesus “é uma coisa perigosa”. O Senhor Jesus, o único ser humano que obedeceu à lei com perfeição foi muitas vezes mal entendido, como alguém que não valorizava e que não obedecia à Palavra de Deus.
Assim, nesta altura de seus ensinamentos, Jesus se dedica a explicar aos seus discípulos qual devia ser a atitude deles em relação à lei do Senhor dada no Antigo Testamento. Há pelo menos dois pontos que podemos perceber nos ensinamentos de Jesus sobre a lei:
1º – Jesus não veio anular a lei, mas cumpri-la.
E esta palavra, “cumprir”, significa “manifestá-la em toda a sua plenitude”.
Jesus veio cumprir a lei, primeiramente porque ele sempre, em tudo o que fez, obedeceu à lei do Senhor dada no Antigo Testamento. Em segundo lugar, Jesus também cumpriu a lei porque, mesmo sendo sem pecado, ele morreu de acordo da lei como se fosse um pecador, pendurado no madeiro, para levar sobre si o castigo pelos nossos pecados. Desta maneira ele satisfez a justiça da lei que dizia que o salário do pecado é a morte.
E em terceiro lugar, Jesus trouxe a lei à sua plenitude porque ele veio nos ensinar a compreender o significado dela. Ele nos mostra que a lei do Senhor é muito mais profunda do que os escribas e fariseus supunham, pois ela nos mostra a vontade de Deus como algo a ser obedecido, antes de tudo, em nosso coração; mas ela também nos mostra que somos pecadores desde o coração, e que o único caminho para sermos aceitáveis a Deus é o perdão gracioso, acompanhado de uma transformação espiritual, de um novo coração, isto é, do arrependimento, da conversão, que nos transforma de modo que aí sim, podemos obedecer aos mandamentos.
Se você continuar a ler o texto de Mateus 5 verá que várias vezes Jesus usa a frase: “Ouvistes o que foi dito aos antigos”, e em seguida acrescenta: “Eu porém vos digo”. Depois estudaremos melhor cada uma delas.
Mas Jesus, em cada uma delas ressalta um aspecto diferente e complementar de nossa vida interior: humildade, amizade, perdão, pureza, sinceridade, mansidão, amor incondicional; são aplicações das bem-aventuranças.
- 21, 22 – “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. 22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”.
- 27, 28 – “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. 28 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”.
- 33, 34 – “Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. 34Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus”.
- 38, 39 – Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”.
- 43, 44 – “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.
Nestas frases, muitas pessoas pensam que Jesus está se referindo ao ensino do Antigo Testamento, e dizendo que agora ele está ensinando uma coisa diferente. Mas há pelo menos duas coisas aqui que nos ajudam a entender o que Jesus quer dizer:
1ª – Jesus não diz assim: “Ouvistes o que diz a Escritura”, como é o costume dele ao se referir ao Antigo Testamento. Ele diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos”.
2ª – Mais especialmente no v. 43, ele cita: “Amarás ao teu próximo e odiarás ao teu inimigo”. Mas o Antigo Testamento ensina que também devemos amar aos nossos inimigos.
Quando Jesus fala sobre o que foi dito aos antigos, não está se referindo ao ensino da Bíblia, mas ao ensino da Bíblia conforme era interpretado pelos escribas e fariseus. Então ele diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos… eu porém, vos digo que não é assim…”. E em seguida trás à luz o verdadeiro ensinamento da lei, conforme veremos em cada um destes casos que Jesus nos dá como exemplos da vontade de Deus expressa na lei e nos profetas.
2º – O segundo ponto que podemos perceber aqui é que os discípulos de Jesus não desvalorizam a lei e os profetas, não os descartam, antes, entendendo a sua intenção, fazem da lei, conforme interpretada por Jesus, o seu modo ideal de vida.
Digo “ideal” porque o cristão infelizmente não consegue ser perfeito neste cumprimento da lei, mas este é o seu alvo.
Ele sabe que o Antigo Testamento é a lei do Senhor que restaura a alma, que dá sabedoria e alegria. E Jesus vai mais adiante dizendo que o galardão que receberemos no reino do céu será proporcional à nossa obediência. Mais ainda, ele diz que se a nossa justiça, isto é, a nossa prática da lei, não exceder à dos escribas e fariseus, jamais entraremos no reino dos céus.
Em nosso estudo de hoje, vamos fixar a nossa atenção neste fato: se a nossa justiça não for superior à dos escribas e fariseus, não entraremos no reino dos céus. E por “justiça” Jesus está se referindo ao nosso comportamento. Tem que ser superior. E depois ele nos dá alguns exemplos do que ele quer dizer.
Meus irmãos, nós precisamos prestar atenção: Deus é amor, e Jesus é a revelação suprema do amor de Deus por nós. Jesus é a encarnação do amor de Deus. No entanto, quando se referia aos escribas e fariseus, suas palavras eram enérgicas, graves. Todos os evangelistas testemunham o fato de que Jesus, por amor às suas ovelhas, criticava fortemente as práticas religiosas deles; e aqui ele nos diz que a nossa justiça precisa ser algo mais que farisaísmo. O que Jesus quer dizer com isto?
A fim de entendermos melhor, como preparação para os nossos estudos posteriores, vamos destacar algumas coisas da religião farisaica que Jesus criticava.
- Os escribas e fariseus diziam que era “lei” coisas que Deus não dissera
Como já mencionei anteriormente, eles eram pessoas que, pelo menos em princípio tinham boas intenções. Pretendiam-se herdeiros e imitadores de homens de Deus, como Esdras, assim como nós nos entendemos como herdeiros dos Reformadores do século XVI. Os comentários que faziam da Bíblia, e os mandamentos que acrescentavam, tinham o propósito de produzir obediência à lei. Mas o problema é que com isto acabavam desobedecendo à própria Escritura.
Por exemplo:
Pv 30:5, 6 – “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam. 6 Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso”.
Desta forma, os escribas e fariseus acabavam dizendo coisas que Deus não havia falado, como se ele houvesse falado, e se tornavam mentirosos.
E assim, ensinando coisas de homens, tornavam inválida a pura palavra de Deus.
Mt 15:1-9
1 Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram: 2 Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem. 3 Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? 4 Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. 5Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim; 6 esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição. 7 Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: 8Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 9E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.
A primeira coisa que precisamos aprender: a Bíblia é suficiente. Não precisamos acrescentar nada. Isto não quer dizer que não devamos comentá-la, interpretá-la, transmiti-la, mas que devemos tomar todo o cuidado para não acrescentar nossas tradições como se fossem a Palavra de Deus.
- Os escribas e fariseus colocavam fardos sobre as pessoas, que nem eles mesmos carregavam
Mt 23:2-4
1 Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos:2 Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus.3 Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem.4 Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
Isto Jesus diz por que, com os acréscimos que eles faziam, colocavam sobre as pessoas um peso que nunca fora a intenção de Deus. Por um lado, “tudo era proibido”. Tudo tinha que ser milimetricamente calculado. Deus não gosta disto; Deus não gosta daquilo. Não faça isto; não faça aquilo outro. Não coma isto, não coma aquilo. Por outro lado, uma lista enorme de coisas que deveriam ser feitas.
E assim, a lei do Senhor que deveria dar vida, paz e alegria, se tornava, aos olhos de todos, um fardo a ser carregado em antecipação ao céu. E aqueles que não vivessem de acordo com as listas do farisaísmo estavam condenados eternamente.
Não é preciso dizer que quando uma igreja se torna legalista, impondo mandamentos de homens, acaba tornando seus costumes, na prática, como superiores ao ensino da Palavra de Deus, a vida das pessoas se torna difícil, a religião se torna “desprazerosa”.
- Os escribas e fariseus se tornaram pessoas mais preocupadas com a aparência das coisas do que com a verdadeira piedade
E isto se manifestava de duas maneiras:
3.1 – A preocupação em manter a aparência de devoção a Deus e erudição diante dos homens
Mt 23:5-7
5 Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas.6 Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas,7 as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens.
3.2 – A preocupação com cerimonialismos externos
Mt 15:1, 2
1 Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram:2 Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem.
Irmãos, não pensemos que isto não seja fácil de acontecer.Vejamos a tentação na qual Moisés caiu:
2ª Co 3:13 – “E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia”
Paulo está se referindo ao comportamento de Moisés, conforme registrado em Êx 34 (29-35). Ali está escrito que depois que Moisés desceu do Monte Sinai, onde passara muito tempo em comunhão com Deus, seu rosto estava brilhando. Mas depois Moisés colocou um véu sobre o rosto. O apóstolo diz que isto aconteceu porque o brilho do rosto de Moisés começou a desvanecer, e Moisés encobriu seu rosto para que as pessoas não percebessem.
O que desejo dizer é que se até Moisés, que era fiel como mordomo da casa de Deus, se deixou dominar pela vaidade, o mesmo pode acontecer a qualquer pessoa. Até mesmo Pedro ficou preocupado com o que iriam pensar os judeus em Antioquia, vendo-o comer com os gentios (Gl 2:11 e segs.). Precisamos cuidar para que nossa religião não seja a da preocupação com as aparências externas.
- Os escribas e fariseus, tendo deixado a pura Palavra de Deus de lado, deixaram também ao Senhor. Tornaram-se pessoas descaridosas e legalistas
O coração deles estava longe do coração de Deus.
Lc 6:36-48
36 Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. 37 E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; 38 e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o unguento. 39 Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. 40Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. 41 Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta.42 Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? 43 Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. 44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.45 Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. 46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. 47 Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. 48 Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados.
Em todas estas coisas, o que podemos observar é isto: o farisaísmo se tornou um modo de vida religiosa afastado da Bíblia, ainda que se entendesse como bíblico. Longe da lei do Senhor, encharcado de costumes e tradições humanas, desamoroso, preocupado com aparências. Os fariseus não tratavam com seus próprios corações, pois achavam que com seu modo de vida estavam fazendo tudo conforme Deus queria.
Mas quando Deus veio, se encarnou na frente deles, eles não o reconheceram. Não amavam ao semelhante, pois não amavam a Deus. Com os lábios honravam, mas o coração estava longe do Senhor. Não tinham verdadeira comunhão e amizade com Deus. Eram orgulhosos, egoístas, atores da religião.
Conclusão
Então Jesus nos diz:
“Olhem! A justiça de vocês não pode ser assim: a justiça de um fariseu. Não pode ser a justiça de uma pessoa que se acha perfeita, que não ama aos outros porque são pecadores; não pode ser uma justiça que quer ser mais bíblica do que a Bíblia, mais sábia do que Deus.
“Tem que ser uma justiça de coração: de um coração que ama a lei do Senhor, e não a tradições e mandamentos de homens. De um coração que ama ao seu próximo, e não amante de si mesmo. De um coração transformado. Somente uma pessoa que tem o coração transformado pode entrar no reino dos céus.
“E somente uma pessoa que anda com Deus de verdade, e não com uma lista de pode e não pode é que tem um coração transformado.”
Aplicação
Nós devemos nos examinar, sempre. Nós somos protestantes, nos entendemos como herdeiros da Reforma, e dizemos que amamos a Bíblia porque nela o Senhor fala conosco.
Mas como é a nossa vida de fé? É de fato alicerçado na comunhão com Deus que vem por meio das Escrituras e da oração, ou é só uma religião de tradição, isto é, recebi este ensino e o pratico maquinalmente?
Como é a minha religião? É de coração que eu faço as coisas, ou é porque, se eu não fizer a minha mãe vai falar, ou os homens vão pensar mal, ou é porque não vou demonstrar espiritualidade? Com é o meu coração? Meu coração é humilde? Meu coração é puro? Meu falar é verdadeiro? Meu amor é incondicional?
E ainda que em grande medida alguém perceba que tem andado nos caminhos do Senhor, esta sondagem deve provocar em nós fome e sede de justiça maior, profunda, de uma justiça que não seja farisaica, que nos leve a confessar, a orar, a buscar o Espírito do Senhor, para que ele nos torne cada vez mais semelhantes a Jesus, diante dos olhos de nosso Deus.
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Postado por Plínio Fernandes
às 00:12
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