Secretário de Menor P disse à PF que cobertura onde traficante foi preso era para romances de ex-jogador do Flu Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/secretario-de-menor-disse-pf-que-cobertura-onde-traficante-foi-preso-era-para-romances-de-ex-jogador-do-flu-


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cobertura na Avenida Geremário Dantas, em Jacarepaguá, onde Marcelo Santos das Dores, o Menor P, foi preso pela Polícia Federal, no dia 26 março, foi comprada “para encontros amorosos do jogador Wellington Silva, ex-Fluminense, com uma amante no Rio’’. A declaração foi dada, em depoimento à PF, por Ronaldo Fernandez Mendes, sócio de Luiz Claudio Anchieta Carneiro, proprietário do imóvel, e consta no relatório sobre as investigações do caso, ao qual o EXTRA teve acesso com exclusividade. Wellington foi emprestado pelo Flu ao Internacional na última sexta-feira.

 

De acordo com a certidão 35.8138, do 9º Ofício de Registro de Imóveis da capital, o apartamento foi passado para o nome de Luiz Claudio no dia 23 de dezembro de 2013. Segundo o levantamento sócio-econômico feito pela PF, entretanto, ele não possuía “perfil” para realizar tal aquisição e os dados foram considerados “suspeitos”.

 

Em visitas à cobertura, os agentes foram informados de que o imóvel havia passado por reformas. Na loja de decorações contratada, no mesmo bairro, foi apurado que elas foram pagas por Ronaldo. À PF, ele confessou ter sido o intermediário do negócio, feito por Celestino Mascarenhas Ferreira, apontado pela investigação como o secretário de Menor P, que está foragido.

 

 

 

 

Ronaldo esclareceu que Celestino teria lhe dito que seu cliente não poderia aparecer na transação por se tratar de “famoso jogador de futebol paulista”. Ele afirmou que Celestino, com o pretexto de “encontrar amante’’, solicitou trocar de carro com ele. E foi no Cruze branco de Ronaldo que Menor P foi transportado até a cobertura 710 no dia em que foi preso.

 

Procurado, o ex-jogador do Fluminense negou as acusações. Em nota, sua assessoria afirmou que ele “leva uma vida normal com sua esposa e seus filhos’’. Luiz não quis comentar o assunto, e Ronaldo não foi localizado em nenhum de seus11 telefones.Valores do imóvel não batem

 

No registro geral de compra e venda do imóvel, a transação foi registrada pelo preço de R$ 200 mil e o valor atribuído para a base de dados, de R$ 367 mil. No depoimento dado a Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE) da PF, no entanto, Ronaldo afirmou que a venda seria declarada em R$ 620 mil. Segundo ele, seria pago à proprietária R$ 420 mil.

 

Já Luiz Claudio declarou que Celestino ofereceu R$ 32 mil de “comissão” para que o apartamento ficasse em seu nome. Perguntado se conhecia Menor P, ele respondeu que “nunca o viu antes”, não sabendo explicar como o traficante estava no apartamento.

 

Para a Polícia Federal, é “inegável o processo de dissimulação empregado” por Menor P, Celestino, Ronaldo e Luiz Claudio quanto a propriedade da cobertura, bem adquirido com dinheiro provenientes do tráfico de drogas.

 

“As características da transação, por si só, já revelavam indícios suficientes de que o imóvel seria adquirido com recursos de origem criminosa”, diz o relatório da PF. Ainda segundo as investigações, a negociação foi efetivada à vista e em espécie, não tendo sido comunicada ao COAF através do COFECI (Órgão regulamentador e controlador dos corretores de imóveis), obrigação dos intermediários da transação.

 

De acordo com o relatório, está configurada a responsabilidade dos envolvidos no crime de lavagem de dinheiro. Em interceptações de mensagens de texto autorizadas pela Justiça, um homem subordinado a Menor P enviou, em janeiro, informações e fotos do apartamento.

 

Na última quinta-feira, o Ministério Público denunciou 29 pessoas por envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com o MP, Luiz Claudio e Ronaldo não fazem parte da “estrutura criminosa”. Segundo a denúncia, eles atuam na ocultação da origem do dinheiro e do verdadeiro proprietário do imóvel. Os sócios foram denunciados por lavagem de dinheiro. O promotor Alexandre Murilo Graça entendeu, entretanto, que eles não “oferecem risco para a instrução criminal’’. Por isso, os dois foram os únicos, dos 29 denunciados, que não tiveram a prisão preventiva decretada.

 

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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