Marcela Cavalcanti é reconduzida ao cargo por indicação do Ministro Henrique Alves

A recondução da secretária de Planejamento e Orçamento Participativo da Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante (RN), Marcela Montenegro Albuquerque Cavalcanti, causou “frisson” entre os membros da base aliada de Jaime Calado, prefeito, e mexeu com a curiosidade da oposição.

Primeiro telefonema que recebi foi de um vereador oposicionista: “Explica aí a volta da irmã do vice-prefeito Poti Neto”. Dois vereadores se queixaram e um deles disse: “Agente vota com o governo e depois é chamado de traidor e covarde. Aquele que não vota, Alexandre Cavalcanti, por exemplo, tem uma sobrinha reconduzida ao cargo”, desabafou.

Essas críticas foram feitas por falta de atenção aos fatos e paciência dos seus autores, pois, na história da relação política, eleitoral e partidária do gestor municipal com os  seus aliados, jamais foi injusto e muito menos deixou de cumprir o que foi acordado entre as partes.

Muita calma nessa hora. A aprovação do Projeto de Lei 318/2015 obrigou o gestor adequar à lei os cargos em comissão, por isso todo mundo foi demitido. Casos como o do vereador Alexandre, Geraldo Veríssimo e do Pastor Edmilson Gomes, onde as nomeações foram feitas fundamentadas pela lei anterior, estavam ilegais. Como também as dos demais.

Partindo dessa prerrogativa da lei, Jaime assumiu o compromisso com os vereadores que apoiam a sua administração de só reconduzir ao governo os comissionados dos colegas que se disporem a votar a favor dos projetos do governo, caso contrário, ninguém será renomeado. “Não havia outro jeito de acalmar os aliados”, disse um colega.

Esse desfecho explica porque a filha do jornalista Paulo Tarcísio Cavalcanti vai continuar a frente da Secretaria Municipal de Planejamento e Orçamento Participativo. Pois a sua permanência na Secretária não tem nada a ver com Alexandre Cavalcanti, Poti Neto e o PMDB de São Gonçalo do Amarante (RN). O prefeito está atendendo um pedido do partido no plano estadual.