SÃO GONÇALO DO AMARANTE RN-Mais de 60 cidades do RN estão com dificuldades para comprar oxigênio, diz Conselho de Secretarias Municipais de Saúde



Oxigênio em Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Oxigênio em Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Mais de 60 cidades do Rio Grande do Norte informaram que estão com dificuldades para comprar oxigênio no mercado. É o que aponta o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems), que publicou o levantamento nesta sexta-feira (19).

De acordo com o conselho, 117 municípios responderam ao questionamento entre os dias 17 e 18 de março – isso representa cerca de 70% das 167 cidades do estado. Desses, 54,2% sofrem para adquirir o oxigênio – 63.

O levantamento apontou ainda que, deste total, 59,8% dos municípios respondentes já receberam sinal de alerta de fornecedores sobre a possível dificuldade em abastecimento de oxigênio.

Um dado ainda mais alarmante é que outros 11,1 % de municípios – 13 ao todo – sinalizaram que o estoque de oxigênio já é insuficiente para atender a demanda atual.

Na pesquisa, 29% dos municípios sinalizaram não haver dificuldades com o estoque de oxigênio.

O monitoramento apontou também que 84,7% dos municípios não possuem sistema de gases canalizados e que 97,7% não possuem tanques de oxigênio. Além disso, 88,5% disseram que têm necessidade em aumentar o número de cilindros em suas estruturas.

A preocupação com o oxigênio acontece por conta da pressão sobre os leitos críticos de Covid-19 e o aumento nos casos da doença. Segundo o Regula RN nesta sexta-feira, mais de 97% dos leitos críticos do estado estão ocupados. A fila tem mais de 130 pacientes no aguardo para ocupar um desses leitos. As UPAs em Natal também tem atuado com superlotação.

Sesap alerta Ministério da Saúde

 

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) disse que enviou na quarta-feira (17) um ofício ao Ministério da Saúde solicitando apoio para encontrar alternativas para o abastecimento de oxigênio nas unidades de saúde dos municípios diante do crescimento dos casos de Covid-19 que necessitam de atendimento hospitalar.

Apesar disso, a Sesap informou que os 16 hospitais sob gerência da pasta que recebem pacientes da doença “seguem com abastecimento garantido regularmente pela empresa White Martins, seguindo o planejamento montado desde o início da pandemia em 2020 com investimento na melhoria na rede de gases”.

“Porém, parte dos municípios potiguares passa por dificuldades”, cita a nota.

A Sesap disse que entrou em contato com a White Martins para auxiliar os municípios, mas foi informada que a empresa não conseguiria abastecer os serviços de saúde municipais. “Assim, a gestão estadual resolveu acionar o Ministério da Saúde, em busca de evitar eventuais crises”.

A pasta informou que segue trabalhando em conjunto com as prefeituras para traçar estratégias de resolução do problema e garantir a regularidade do abastecimento às unidades hospitalares municipais.

Em Natal, foco será em leitos clínicos

 

O secretário municipal de Saúde de Natal, George Antunes, disse em entrevista ao Bom Dia RN, que a maior dificuldade está nos oxigênios ofertados em cilindros. “O oxigênio nos tanques, que é o que se usa em UTIs nos grandes hospitais, ainda não tivemos nenhum problema”, disse o titular da pasta, explicando que haverá uma intensidade maior no tratamento ainda nos leitos clínicos para tentar evitar a chegada do paciente à UTI.

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“A solução que estamos montando nessas UPAs é exatamente para diminuir a demanda do oxigênio através de cilindro. Eu terei dessa forma uma assistência adequada a esses pacientes que ainda estão numa fase de necessitar de uma ventilação não invasiva, que é o paciente que precisa de um volume de oxigênio menor”, disse.

“Se eu fizer essa abordagem, como eu falei que nossa filosofia agora não é ficar olhando somente pra UTI, é olhar também pra fase inicial da doença, eu tenho que interromper a evolução da doença. E a gente só interrompe abordando precocemente. É diagnosticar o paciente na fase inicial da doença e intervir com qualquer terapêutica que o médico julgue necessário”.

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