REUNIRÁ COM PRESIDENTE DA INFRAMÉRICA PARA FALAR SOBRE SUSPENSÃO DE VOOS
Apesar dos bons resultados obtidos no ano passado, o governo teme os impactos da obra que será realizada a partir de setembro na pista principal do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante sobre a atração de turistas estrangeiros. Por causa das obras os voos noturnos serão suspensos – entre eles o da TAP, que vem de Portugal e é a única ligação direta do estado com a Europa. Outro voo prejudicado é o da Gol, que opera para a Argentina.
De acordo com o secretário Ruy Gaspar, é possível estimar perdas de cerca de R$ 15 milhões para o período de fechamento do terminal. Ele calcula o valor com base na quantidade média de passageiros que ocupam as aeronaves que chegam semanalmente à capital potiguar. “É muito triste que isso ocorra em um momento em que estamos crescendo tão fortemente. Poderá inclusive impactar nos nossos resultados do próximo ano”, lamentou.
Embora tenha lembrado que o aeroporto pertence à iniciativa privada, o governador Robinson Faria disse que irá se reunir com o presidente da Inframérica, Daniel Ketchibachian, que vem a Natal para discutir a situação do terminal. O governador não soube precisar se o encontro ocorreria nesta terça (16) ou na quarta-feira (17), porque vai depender da agenda do executivo. “Vamos conversar para ver se existe alguma solução, se existe um plano ‘B’. Quero ouvir dele e saber se o estado pode ajudar de alguma forma”, disse.
Quando o assunto é aviação, o governo também informou que dentro dos recursos previstos no programa de investimentos no setor turístico, está a compra de equipamentos de Raio X para o Aeroporto de Mossoró – equipamento considerado importante para a expansão do turismo em regiões como a Costa Branca. De acordo com a Secretaria de Turismo, a perspectiva é que o terminal possa operar voos comerciais a partir de agosto.
Robinson Faria também afirmou que vai pressionar as companhias aéreas para que cumpram suas partes no acordo que resultou na redução do ICMS sobre o querosene de aviação. Em contrapartida ao incentivo, as empresar deveriam aumentar a oferta de voos para a capital potiguar. “Vou cobrar das empresas que coloquem de volta os voos que negociamos. Ou eles voltam com os voos ou tiro o incentivo. Foi um acordo de homens que fizemos”, declarou o governador, acrescentando que fará uma viagem a São Paulo para se reunir com representantes dos empresários.