RIO DE JANEIRO -RJ-BRASIL-“Eu realmente queria ser ele ou alguma coisa muito próxima dele”, diz Thor Batista sobre o pai


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TAMANHO DO TEXTO

02/06/2015 – 08h47 – Atualizado em 02/06/2015 – 09h23 – POR PEDRO HENRIQUE FRANÇA

“Eu realmente queria ser ele ou alguma coisa muito próxima dele”, diz Thor Batista sobre o pai

Filho do homem que sonhava em ser o mais rico do mundo, pela primeira vez ele fala da queda, do novo projeto – um energético que prolonga o orgasmo – e revela sofrer preconceito

Thor Batista: "No longo prazo, eu vislumbro uma vice-presidência" (Foto: STEFANO MARTINI)

Thor Batista garante não ter tido problemas com seu nome nos tempos de colégio. Mas confessa que o peso do biotipo do deus nórdico mexeu com questões existenciais de um menino em formação. “Não dá pra ser um Thor magrelo, né?”
A partir daí, dedicou boa parte de seu tempo para puxar (muito) peso e tomar (muitos) suplementos. Chegou a marcar 105 quilos na balança, peso hoje estabilizado em 100 quilos. Junto com a mudança física, o primogênito de Eike Batista, o homem que em 2012 chegou a ser apontado como o sétimo mais rico do mundo, passou a ter sua imagem atrelada a músculos inflados, cifras bilionárias, mulheres voluptuosas e carros de alto padrão. Hoje diz querer mudar essa imagem.
Aos 23 anos, Thor acompanhou de camarote a ascensão e queda do pai no comando do Grupo EBX. Em sua primeira grande entrevista desde que eclodiu a crise que derrubou o então homem mais poderoso do país, ele afirma ter sentido com força o baque. Conta ter tomado antidepressivos de tarja preta e ter tido pensamentos suicidas. Relata tardes frias e solitárias com o pai, tentando dimensionar a crise e enxergar saídas. Só parou com os calmantes em julho de 2014.
Confira alguns trechos da entrevista:
FAMÍLIA

O que o nome Thor representa para você?
Meu pai queria que os filhos tivessem autoconfiança e segurança de si. Eu sempre fui um Thor magrinho e numa fase da adolescência, com 16, 17 anos, me olhei no espelho e pensei: “Não dá pra ser um Thor magrelo, né?”. Pesava 70 quilos. Comecei a fazer bastante exercício, puxar peso, ler muito sobre bioquímica, e hoje sou um Thor de 100 quilos. Agora condiz com meu físico. Tem gente que fala que eu pareço com o Thor do cinema (o ator Chris Hemsworth).
Quais semelhanças você tem com o seu pai?
Eu penso grande, diria que um pouco menos do que ele. Mas também penso grande. Somos muito próximos. Desde o início da adolescência, ele me puxou para as reuniões e me fez ver a graça em empreender, em gerar riqueza e empregos. Eu realmente queria ser ele ou alguma coisa muito próxima dele.

Thor Batista em sua casa no Jardim Botânico, Rio de Janeiro (Foto: STEFANO MARTINI)

NEGÓCIOS

Seu pai já confia em você nos negócios?
Meu pai deposita uma boa confiança em mim, o que me deixa muito feliz. Sempre tenho um direcionamento dele. E é lógico que tenho um longo caminho pela frente. Mas já estou num patamar em que consigo tomar algumas decisões sozinho, sim. No longo prazo, eu vislumbro uma vice-presidência.

Em que nível ele o escuta antes de tomar decisões importantes?
Me escuta, sim. Mas me trata como se eu fosse um funcionário normal. Certa vez, a gente estava no telefone, eu dei minha sugestão sobre a estratégia de um ativo. Aí ele respondeu: “Não, Thor! Porra! Só tem músculo aí?”. Ele fala assim comigo.
Quando a crise eclodiu?
Eu lembro do dia em que uma analista do Itaú soltou um relatório sobre os números de produtividade da OGX. Li aquilo e liguei pro meu pai, que estava em Minas. Falei: “Pai, amanhã vai ser um ‘barata voa’” – essa é uma expressão que nós usamos para descrever movimentação atípica de uma ação. Com o relatório do Itaú dando previsões pessimistas para a OGX, eu imaginava que as ações iriam cair muito. E não foi por menos. No dia seguinte a gente acordou com a OGX caindo 40% .
Foi o pior ano da sua vida? Foi literalmente o pior ano da minha vida. Antidepressivo, remédio pra dormir, tarja preta…

FUTURO

E que objetivos você tem para o futuro?
Olha, eu tenho um projetinho próprio. Falei desse meu fascínio pela bioquímica. Então, consegui desenvolver uma fórmula que poderia eventualmente ser um concorrente do Red Bull e outros energéticos. O bom da minha fórmula é que ela dispensaria o uso do álcool e não teria todos os malefícios que outros produtos trazem, além da impossibilidade de dirigir. Você pode tomar e dirigir. Essa minha receita promove energia física e mental, euforia e o mais interessante: intensifica o orgasmo. O efeito dura cinco horas, é bem bacana. Meu pai já experimentou.
Confira a íntegra da entrevista com Thor Batista na edição 51, de junho, da GQ Brasil.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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