Remédio resolve, mas também tem seus riscos
DA REPORTAGEM LOCAL
O medicamento que vem fazendo mais sucesso no combate à acne é produzido a partir de uma substância chamada isotretinoína. Nos Estados Unidos, é conhecido como Accutane. Aqui, leva o nome de Roacutan e é fabricado pelo laboratório Roche.
Esse remédio pode ser usado no tratamento daquela acne mais simples (de segundo grau) e que nunca some, até os casos mais graves (de quarto grau). Nesse último caso, as espinhas se transformam em cistos.
Depois de uma avaliação, o dermatologista é quem vai dizer a dosagem e o tempo exato de duração do tratamento, que leva entre seis e oito meses. O Roacutan pode ser usado sozinho, na forma de comprimidos, ou junto com outros tratamentos, como peelings (espécie de raspagem da camada superficial da pele) e aplicações de um gel a base de isotretinoína.
A isotretinoína atrofia as glândulas sebáceas, que são as produtoras de gordura. Como a acne é causada pelo acúmulo de gordura nos poros, o tratamento impede que as espinhas voltem. “Em 90% dos casos, o problema fica resolvido para a vida toda”, garante a dermatologista Shirlei Borelli.
Esse elixir maravilhoso pode causar efeitos colaterais desagradáveis, alertam os médicos. Ressecamento dos olhos, do nariz e dos lábios, náusea e dores de cabeça são alguns deles. Mas somem quando a medicação é suspensa.
Também podem ocorrer alterações no fígado. Por isso, o remédio só pode ser tomado sob um rígido controle médico, que inclui exames de sangue periódicos e visitas mensais ao consultório.
As meninas não podem engravidar de jeito nenhum durante o tratamento, nem nos seis meses seguintes, pois o remédio causa graves deformações fetais.
Antes de mais nada, médico e paciente devem assinar um termo especial, garantindo que estão cientes dos riscos. Menores de 21 anos precisam da autorização dos pais.
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