PENDÊNCIAS RN-Taxa de desemprego aumenta em ritmo maior no Nordeste


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Publicação: 2015-04-29 00:00:00 | Comentários: 0
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Rio (AE) – O mercado de trabalho parou de absorver o número cada vez maior de pessoas que buscam trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do País. Pelo contrário, há registro de demissões, e o resultado dessa combinação é o aumento da taxa de desemprego para 6,2% em março – a maior desde maio de 2011, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, houve uma queda de 2,8% na renda média real dos trabalhadores ante fevereiro, o maior tombo mensal desde janeiro de 2003.

Alberto LeandroO desemprego subiu e houve queda de 2,8% na renda médiaO desemprego subiu e houve queda de 2,8% na renda média

A alta do desemprego ocorreu em ritmo maior no Nordeste do que na média das seis regiões metropolitanas investigadas na Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE. Na região metropolitana de Salvador, a taxa de desocupação atingiu 12% em março, o maior nível para o mês desde 2008. Em Recife, foram 8,1%, nível mais elevado para o mês desde 2009.

Para o economista Alexandre Rands, presidente da Datamétrica, consultoria sediada em Recife, as consequências do ajuste fiscal estão promovendo um choque no mercado de trabalho do Nordeste. “O Nordeste é mais dependente dos serviços públicos. Naturalmente, se você tem uma crise focada no setor público, esses Estados sofrem mais”, explicou Rands.

A perda do poder de compra nas regiões investigadas pode levar mais pessoas a sair em busca de uma colocação. “Se a pessoa precisa compor renda, ela pode se sujeitar a trabalhar por um salário menor”, disse Maria Lucia Vieira, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Isso pode fazer com que pessoas aceitem trabalhos menos qualificados”, afirmou.

Uma parte na queda dos rendimentos é provocada pela inflação, que registrou em março a maior alta para o mês desde 1995. Outra parte, porém, é fruto de pagamentos menores em termos nominais. “São de fato pessoas recebendo remunerações menores em seus trabalhos. Não temos como afirmar se é menor poder de barganha do trabalhador, se são as pessoas que foram demitidas e acharam outra vaga com salário menor, ou se as pessoas estão se inserindo no mercado de trabalho já com remuneração mais baixa”.

O mais preocupante é que a soma de todas as remunerações dos trabalhadores (a massa de rendimento real) também encolheu em todas as comparações.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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