PENDÊNCIAS RN -“Se um abrir a boca, abre todo mundo”, diz procurador sobre executivos presos
Após a prisão de dezenas de executivos e presidentes de empreiteiras investigadas na operação Lava Jato na sexta-feira (14), o procurador-geral da República Rodrigo Janot acredita que a delação premiada será um benefício usado por muitos dos detidos em busca da redução de pena.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele disse que a tendência é que eles comecem a falar o que sabem. “Se um abrir a boca, abre todo mundo”, afirma o procurador, que acredita na existência de uma quadrilha por trás dos desvios da Petrobras.
“Isso é um rastilho de pólvora. Quando um começa a falar, o outro diz: ‘Vai sobrar só pra mim?’. E aí eles começam a falar mesmo.”
Janot resume as práticas investigadas em fraude em licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e crime contra o mercado. O procurador conta que, segundo as empreiteiras, os próprios funcionários da Petrobras exigiam o pagamento de propina. Porém, ele não acredita na justificativa.
“Como a concussão te obriga a fazer um cartel, fraudar uma licitação e ganhar um dinheirão? Está sendo extorquido para ganhar dinheiro? Para ter que botar US$ 100 milhões no bolso? Vamos combinar, não é.”
O procurador ainda diz que os vazamentos das delações do doleiro Alberto Youssef foram seletivos e tinham o objetivo de interferir na campanha eleitoral. O procurador afirma que nem o doleiro e o advogado não podiam falar, de acordo com o contrato.
Fonte: R7
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