PENDÊNCIAS RN-Saiu para comer, moto quebrou, trânsito: veja histórias de atrasos no Enem 2016
Candidatos que acabaram perdendo o primeiro dia de provas da edição de 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste sábado (5), culparam o trânsito pelo atraso. Em alguns casos, estudantes que fariam as provas de ciências humanas e da natureza ficaram de fora porque chegaram apenas alguns segundos após o fechamento dos portões.
Mas nem tudo foi azar entre os atrasados do Enem 2016. Uma estudante de 16 anos chegou após as 13h, do horário de Brasília, no seu local de provas, em Fortaleza. Mas, ao chegar lá, descobriu que uma ocupação estudantil fez com que seu Enem fosse adiado para 3 e 4 de dezembro. “Estou me sentido aliviada, pois achava que o portão já havia sido fechado e eu não poderia fazer a prova”, relata a estudante. Ela é estudante do 2º ano do ensino médio e iria fazer o Enem pela primeira vez. De acordo com a jovem, ela não chegou mais cedo por conta do engarrafamento. “Achei que seria tempo, mas agora aprendi a lição para vir mais cedo em dezembro.”
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), uma entrevista coletiva com o balanço do primeiro dia do Enem, incluindo a taxa de abstenção, será realizada às 18h deste sábado.
Trânsito ruim
A auxiliar de contabilidade Cristiane Pinheiro Soares, 26 anos, chegou um minuto atrasada e perdeu o primeiro dia de provas do Enem, em Goiânia. Ela lutava por uma bolsa para terminar a faculdade de administração. “O trânsito está horrível, moro longe e não consegui chegar a tempo. Não acredito”, lamentou.
No Ceará, trânsito congestionado, trabalho, horário de verão foram alguns dos relatos que candidatos atrasados justificaram para perder o horário.
José Renato Silva de Sousa chegou apenas segundos após o fechamento dos portões. “Meu horário de sair do trabalho era 11h10, vim de ônibus e um caminhão parado na pista atrapalhou o trânsito. Agora é nada, só tentar a próxima vez de novo, no próximo ano.” Ele iria tentar em curso de engenharia mecânica.
A candidata Jucileine Cristina da Silva, de 37 anos, perdeu o primeiro dia de provas do Enem 2016, em Campinas (SP), ao chegar um minuto após o fechamento dos portões da Unip, no bairro Swift. Ela contou que mora na região do Aeroporto Internacional de Viracopos e atribuiu atraso ao trânsito.
Desempregada, ela faria a prova pela segunda vez e sonha em cursar enfermagem. Além disso, contou que o pai é cadeirante e precisou ajudá-lo antes de ir para a universidade. “Fiz uma cirurgia e não consigo correr”, lamentou Jucileine. A poucos metros dos portões, ela recebeu gritos de incentivo de funcionários dos cursinhos que trabalhavam no local, mas não chegou a tempo.
Horário de verão
Francisca Sandra Melo é estudante e conta que perdeu o horário por causa do horário de verão. Os portões fecham às 13h conforme o horário de Brasília, no Ceará, o fechamento é meio-dia. “Me confundi com o horário de verão, não sabia que tinha o horário atrasado no Ceará e me atrapalhei. Agora só no ano que vem, dessa vez vou chegar mais cedo.”
Bento Batista Pimentel, de 46 anos, mora em Manaus e se confundiu com o horário de Brasília. “Aqui a gente não usa o horário de verão. Eles acompanharam o horário de Brasília. Fica complicado. Eu achava que iria ser o horário normal”, afirmou. Pimentel pretendia usar as notas do Enem para ingressar no curso de engenharia elétrica. Ele é industriário.
Imprevisto
A estudante Adria Menezes dos Santos chegou atrasada na Faculdade Pio X, em Aracaju, onde participaria do primeiro dia provas do Enem.
“A corrente da moto do meu namorado quebrou e cheguei atrasada”, disse a estudante que prendia disputar uma vaga para cursar pedagogia na Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Saiu para comer
Ana Cláudia Almeida foi uma das candidatas que perdeu a prova do Enem na Universidade Federal na Bahia (UFBA), em Salvador. Ela já estava na instituição, mas saiu para almoçar. Ao retornar, não conseguiu mais entrar.
“Eu pensei que apenas os portões de fora da universidade iriam fechar. Não sabia que era o portão do prédio específico”, relatou. Ela iria fazer a prova no Pavilhão de Aulas Reitor Felipe Sérvia. Ana Cláudia contou que está desempregada e perdeu a prova por 10 minutos de atraso.
Sem documento
Beatriz Leandro Luz, de 18 anos, também perdeu a prova deste sábado, em Salvador. Ela conta que foi assaltada há 16 dias e teve os documentos levados pelos bandidos. Disseram que eu tinha que apresentar o BO e eu não tinha”, relata. Beatriz completou 18 anos na sexta-feira (4).
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