PENDÊNCIAS RN-Quem falsificou a assinatura de Robinson? Com a palavra o MP


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O escândalo de corrupção ocorrido no Detran no final do governo Iberê (PSB) e início do governo Rosalba (DEM), no Rio Grande do Norte, voltou a ser notícia desde a última sexta-feira, quando o Ministério Público Estadual apresentou denúncia contra o deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PMDB), hoje no cargo de presidente da Assembleia Legislativa, por envolvimento no que se convencionou chamar de Sinal Fechado.

Ezequiel é acusado de ter recebido R$ 300 mil de propina para votar favoravelmente e interceder junto aos demais colegas na Casa pela aprovação do projeto de Lei 213/09 (Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos do Estado do Rio Grande do Norte). O senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, também é acusado de ter recebido R$ 1 milhão para fazer gestões junto ao governo para que a matéria fosse aprovada sem maiores problemas. Por ter foro privilegiado o caso subiu para a PGR (Procuradoria Geral da República). Agripino nega o seu envolvimento e afirma que tem documento em mãos de que a PGR, por falta de provas contra ele, arquivou o processo.

Mas o que me chama a atenção também no caso é o fato de que o MP entendeu que houve um crime de estelionato contra o então presidente da Casa, o hoje governador do estado, Robinson Faria (PSD), que à época do escândalo exercia a presidência do Legislativo estadual. De acordo com os procuradores, “perícia grafotécnica produzida pelo Itep/RN atestou que a assinatura constante do despacho de fl. 14 do Processo Legislativo no 2848/09-PL/SL – que incluiu a matéria na pauta da sessão plenária do dia 15 de dezembro de 2009, após deliberação do Colégio de Líderes – não partiu do punho do então presidente da Alern, tendo esta assinatura sido objeto de uma “falsificação do tipo IMITATIVA”.

“Isso quer dizer que, no despacho que documenta a dispensa de tramitação, de responsabilidade do presidente da Assembleia, a assinatura ali aposta não é a de Robinson Faria, então presidente da Casa, sendo possível concluir que o referido parlamentar não participou do ato, e que alguém, sem discriminar a sua posição, assinou a dispensa de tramitação, como se fora o presidente.”

Na coletiva à imprensa na última sexta-feira, o documento que apresenta a denúncia contra o deputado Ezequiel Ferreira, diz que “o procurador-geral de Justiça arquivou parcialmente o procedimento de investigação criminal no tocante a participação do então presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Mesquita de Faria, no esquema fraudulento objeto da investigação”.

Como a decisão de dispensa de tramitação da matéria nas comissões foi tomada pelo colégio de líderes sem a necessidade da presença do presidente da Assembleia, no caso, Robinson Faria, na época, fica a pergunta? Quem dos líderes de bancada falsificou a assinatura de Robinson Faria? Ezequiel Ferreira, que era líder do PTB na ocasião, ou outro parlamentar interessado no esquema?

Como o procurador-geral arquivou parcialmente o procedimento de investigação criminal quanto a este aspecto, espera-se que não haja qualquer tipo de prevaricação do MP no que diz respeito ao que se pode chamar de crime de estelionato, ou seja, falsificaram uma assinatura no Poder Legislativo de um documento com fins pouco democrático.

A conferir!

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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