PENDÊNCIAS RN-El Niño reduz chuva no sertão do RN
No ano passado, 11 municípios do Alto Oeste ficaram dentro da média de chuvas; este ano apenas um. Em 2014, doze municípios da região Central (que inclui o Seridó) atingiram a média pluviométricas, enquanto este ano apenas um.
Ontem, a Gerência de Meteorologia da Emparn concluiu a análise referente às condições termodinâmicas dos oceanos durante a 1ª quinzena de maio/15. De acordo com os meteorologistas, o quadro evidencia “de forma bastante clara” a presença do Fenômeno El Niño em toda a extensão do Oceano Pacífico, com anomalias de até +3°C próximas à costa da América do Sul. “Essas águas mais aquecidas influenciaram de forma indireta na diminuição das chuvas sobre o Rio Grande do Norte, tanto na segunda quinzena de abril, como nas primeiras duas semanas de maio’, explicam os meteorologistas.
Maio é climatologicamente o último mês do período chuvoso no semiárido potiguar. Normalmente, dependendo das condições oceânicas/atmosféricas, a Zona de Convergência Intertropical começa a se deslocar para o Hemisfério Norte, diminuindo as instabilidades atmosféricas sobre a região. Nesse mês, também é comum a ocorrência de chuvas no setor Leste do Nordeste, devido às instabilidades de origem oceânica. No entanto, as análises atmosféricas e o monitoramento pluviométrico mostram que a presença do Fenômeno El Niño tem atrapalhado a ocorrência de chuvas em praticamente todo o Estado durante essa primeira quinzena.
O relatório da Emparn diz: “Essa condição favoreceu o aumento de chuva sobre a parte oeste da Região Norte do Brasil, causando como consequência, a formação de uma massa de ar seco sobre o RN e diminuindo a ocorrência de chuvas. No Oceano Atlântico, enquanto que no setor sul houve predominância de águas mais aquecidas, no setor norte as águas continuaram mais frias do que o normal. Essa condição deveria ser favorável tanto para a permanência da Zona de Convergência Intertropical próxima à região, como para ocasionar chuvas regulares, entretanto, conforme o monitoramento pluviométrico, as chuvas, além de poucas, tiveram um comportamento bastante irregular.”
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