PENDÊNCIAS RN-5x Chico – O Velho e sua Gente faz jornada afetiva pelo rio
Na nascente do Rio São Francisco, em Minas Gerais, o diretor Gustavo Spolidoro apresenta os pescadores Moranga, contador de causos de Pirapora, e Carlúcio, morador de Januária que também é poeta e apaixonado pelo rio. “Os dois, em seus devaneios, contam muito mais verdades sobre o rio do que aqueles que se utilizam somente da memória”, diz Spolidoro.
Na chegada do rio ao seu trecho baiano, a cineasta Ana Rieper revela todo o sincretismo e a miscigenação religiosa pelas figuras de um artesão, de uma senhora de 71 anos e de devotos de Bom Jesus da Lapa. Dona Losinha, uma mãe de santo muito católica, vive de fazer simpatias para unir pessoas aos seus amores.
Ao filmar em seu estado natal, Pernambuco, o diretor Camilo Cavalcante mostra ao espectador a família de Seu Nilson e Dona Maria, que vive na vila de pescadores de Manga de Baixo, em Belém do São Francisco.
Já em Sergipe, o cineasta Eduardo Goldenstein apresenta Cícero, um homem que se considera o 29º cangaceiro de Lampião e é guia da região. Todos os dias ele “se monta” de cangaceiro e percorre a trilha para Grota do Angico, lugar onde Lampião e parte do seu bando foram executados e decapitados.
Ao finalizar 5x Chico – O Velho e sua Gente, Eduardo Nunes exibe o encontro do rio com o mar, em Alagoas, e nos apresenta Seu Heleno, um homem grande no sentido amplo, um dedicado pai e marido que proveu a família a partir do que o Velho Chico pôde oferecer. Cheio de fé e alegria, o pescador não tem reservas em revelar afetividade e sintetiza muito do que se vê por todo o percurso do rio.
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