PENDÊNCIAS-MACAU-GUAMARÉ-CARNAUBAIS-ALTO DO RODRIGUES-ASSU-IPANGUASSU-NATAL-RN-No dia da eleição, a grande pergunta: para onde caminha o RN?


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Editor

Difícil responder a essa pergunta do título.

O RN depende do seu povo, que irá às urnas hoje, 5.

Nada de desculpas, como do tipo “todos calçam quarenta e por isso irei anular o voto, ou não irei votar”.

Na lei, o crime é praticado não apenas por ações. Mas, também por omissão.

O eleitor não pode omitir-se, sob pena de cometer um crime contra o seu próprio futuro.

Se a escolha for errada, paciência!

Na próxima eleição, o erro será corrigido. Aí está uma das maiores conquistas da democracia.

Votar é a regra, por mais complexa que seja a escolha.

Deixar de votar significa beneficiar aqueles que estão à frente e dispõem de mais dinheiro e poder.

Uma análise acerca da eleição de 2014 no RN coloca em evidencia alguns aspectos sócio-políticos.

  1. As lideranças tradicionais do Estado conseguiram o seu objetivo, que era reduzir os horizontes da escolha popular. Para isso tiveram a colaboração direta de vários setores da sociedade, sobretudo na área empresarial, bloqueando alternativas e fechando portas. Foram “cassados” e “mutilados” quem a eles se opusesse.
  2. A celebração pelo PMDB, DEM, PSDB e PSB, de um acordo amplo, total e irrestrito, praticamente cooptou (ou excluiu pela força política) os nomes que poderiam ser opções, sobretudo para os cargos de governador e senador.
  3. Ouviu-se nessa campanha rotineiramente, a exclamação popular de que faltavam mais opções para o governo e o senado.
  4. A ideia dominante no início do ano era que se tornaria “imbatível” uma coligação, em nome da “salvação do estado”, que pregasse “mudança” e “batesse” violentamente na governadora Rosalba Ciarlini.
  5. Para isso, foi montada a cena de “vender” artificialmente o nome da ex-governadora Vilma de Faria como “a joia da coroa”, a partir de uma pesquisa ilusória, que a colocou como “vencedora” para governador e senador. Caberia a ela escolher. Apenas isso…
  6. Contra esse “esquema” restava a possível resistência do PT e do PSD, na pessoa de Robinson e Fátima.
  7. Houve hesitações de parte deles, diante do “poder imbatível” que se montava para atropelar quem estivesse à frente.
  8. Rosalba e o editor do blog foram às primeiras vítimas do seu próprio partido, o DEM, que lhes “cassou” o direito de serem candidatos, respectivamente, ao governo e ao senado. José Agripino entregou o partido à Henrique e Vilma, que acompanharam as decisões internas do DEM com o “punhal político” na mão: ou o DEM lhes apoiava, ou seria negada a coligação que permitisse a reeleição de Felipe Maia para a Câmara Federal.
  9. O próprio Felipe não escondeu que era necessário “remover” Rosalba do caminho do partido. Um “complô” montado agiu com atrocidade e autoritarismo político, sendo ao final vencedor.
  10. Henrique e Vilma se se consolidaram candidatos ao governo e senador, com vice e suplentes, resultado de um trabalho iniciado mais de um ano antes da eleição para “liquidar” possíveis oponentes. Tudo “maquinado”, cerebralmente, inclusive com mudanças estratégicas de partido.
  11. Mas, a imprevisibilidade é um traço da política, quando na frase atribuída a Feola, treinador da seleção brasileira em 1968 “não se combina com os russos”.
  12. Robinson e Fátima venceram o “medo” do insucesso, que quase os levou à desistência, e partiram para a luta.
  13. A campanha começou.
  14. Na maioria dos municípios, os adversários locais se uniram em torno de Henrique e Vilma. Algumas lideranças que aparentaram, no primeiro momento, resistir ao lado da governadora Rosalba Ciarlini, “cederam” e se “acomodaram”, ao que chamaram da realidade incontroversa da eleição da dupla.
  15. Na campanha que hoje termina, uma surpresa ocorreu e surpreendeu a “coligação imbatível”.
  16. Foi o fato da governadora Rosalba não ter morrido politicamente como “o complô” previu.
  17. Ela assumiu durante o processo eleitoral uma postura de equilíbrio e sensatez, o que provocou respeito e aceitação dos potiguares.
  18. Não existe um caso em que a Governadora tenha sido mal recebida nos últimos meses, nos vários municípios e eventos que frequenta.
  19. Ao contrário é bem aceita.
  20. A população reconhece os avanços administrativos que conseguiu, embora ela tenha sido devastada por um “complô político” formado nos últimos dois anos, além das dificuldades administrativas, quase insuperáveis, que enfrentou, pela nefasta herança recebida.
  21. Como escreveu o jornalista César Santos “eleita em 2006 Rosalba aceitou o desafio de reconstruir o Estado, completamente desconfigurado nos oito anos do governo Wilma de Faria (PSB).
  22. A vontade de acertar a fez motivada a enfrentar o enorme desafio, não levando em conta as armadilhas criadas pela gestão passada para inviabilizar o governo seguinte, como por (mau) exemplo a criação de 14 planos de cargos, carreira e salários dos servidores públicos, sem um centavo de real previsto em orçamento.
  23. Logo no primeiro momento, quando assumiu o Governo no dia 1.º de janeiro de 2011, a governadora se deparou com um “rombo” nas contas públicas de quase R$ 1 bilhão.
  24. A gestão passada para pagar os salários de dezembro de 2010 antecipou a receita do ICMS de janeiro de 2011, além de ter tomado dinheiro emprestado ao Judiciário para o governo Rosalba pagar.
  25. O Estado estava inadimplente, impedido de contrair um centavo de real aos organismos financeiros.
  26. Saúde, segurança pública e, principalmente, a educação estavam um caos.
  27. Talvez, e provavelmente, a explicação para o alto índice de reprovação à gestão Rosalba, puxado por problemas que são de ordem nacional, mas que recaem sobre os ombros do governo local: a escalada da violência e o caos no sistema de saúde pública”.
  28. Se não tivesse sido traída pelo seu próprio partido, o DEM, Rosalba seria candidata à reeleição, com amplas chances de vitória, por ter aproveitado o horário gratuito para desfazer as inverdades de que foi vítima.
  29. Com certeza, o PMDB não teria candidato, pelo “medo” demonstrado da ex-governadora Vilma de Faria.
  30. O confronto para o governo de Rosalba e Vilma seria “duro”, mas não impossível da governadora ser reeleita.
  31. Aceitando os “apelos” de certos “amigos”, que faziam trabalho em defesa própria, Vilma inverteu a sua posição de 2006, quando se opôs à união PFL e PMDB e saiu vitoriosa.
  32. Em razão da inversão de postura política, Vilma está sendo atingida pela derrota na disputa do senado, tida como certa pelas mesmas pesquisas que recentemente davam equilíbrio na eleição senatorial, mas que, na reta final, refletiram a opção do percentual de indecisos, beneficiando a candidata do PT.
  33. Foi justamente uma pesquisa no inicio do ano, que colocou Vilma como imbatível para governo e senado.
  34. Ela acreditou nessa pesquisa que a colocou como a “joia da coroa” por isso disputada pela união de forças que se formava.
  35. Quanto ao governo, pelos números do IBOPE não há, ainda, certeza do segundo turno. O candidato Henrique Alves tem 50% dos votos válidos, que realmente o aproxima da vitória no primeiro turno.
  36. O “blog” não acredita que isso aconteça, por três motivos.
  37. Ultimamente, Henrique demonstrou tendência de “queda”. É normal que o prejuízo eleitoral seja maior de quem está à frente, do que àqueles atrás. Veja o caso de Marina Silva e da própria Dilma. Se Henrique cair, por menor que seja o percentual, o segundo turno virá.
  38. Ao contrário, Robinson vem crescendo pesquisa a pesquisa. O candidato com tal característica em fase final de campanha dificilmente poderá perder votos.
  39. A “disparada” de Fátima, se verdadeira, ajudará consideravelmente Robinson. Chama-se a isso, o benefício do “embalo eleitoral”.

A conclusão é de que para o governo do RN não há a certeza de quem ganha e, consequentemente, se haverá ou não segundo turno.

Portanto, ainda não se sabe para onde caminha o RN!

Vamos aguardar as urnas.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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