Uma tradição de foliões pais para foliões filhos: assim é o bloco Eu Acho é Pouquinho, a versão infantil do “Eu Acho é Pouco” que tomou conta das ladeiras de Olinda na manhã desta segunda (16). O bloco infantil tem a mesma identidade do “pai”: as cores vermelho e amarelo, o dragão serpenteando pelo público e o estandarte – em tamanho reduzido para os pequenos carregarem pelo percurso.

A paulista Irene Calheiros, de nove anos, estava toda orgulhosa como parte do grupo de crianças que são porta-estandartes do bloquinho. Vestida de odalisca rubro-amarela, ela vibra: “É incrível participar daqui. Acho que venho pra cá desde que nasci. É cansativo, mas compensa demais”.

Malu Melo sempre brincou desde criança e diz que o carnaval do Eu Acho é Pouquinho é o melhor pra criançada. “Sou olindense e brinco desde criança na agremiação. Meu filho de 9 anos já veio pra cá. Agora tenho um pequeno de quatro meses, mas consegui dar uma passadinha aqui este ano”, contou.

O recifense Carlos Eduardo trouxe os dois filhos e a esposa para brincar no clima do conto de Chapeuzinho Vermelho. “Venho desde pequenininho e quero passar a cultura para novas gerações. Espero que meus netos venham pra cá”. O filho Leonardo, de sete anos, fala do que mais gosta no bloco: “O dragão, porque desde que eu tinha um ano de idade ele ‘tá’ aqui”, falou, vestido de lobinho mau.

A família Loureiro também veio em peso para o desfile. A matriarca Paula Loureiro, vestida de toureira, combinava a fantasia com a netinha Gabriela, que foi de espanhola. “Brinco no Acho é Pouco desde a fundação, em 1977, e fico feliz de poder acompanhar a terceira geração brincando aqui”, comenta.

A garotada que deseja se divertir em Olinda conta também com a programação especial na Praça do Carmo, com oficinas de arte e música, além de desfile de bonecos mirins e grupos infantis. A praça recebe os pequenos até esta terça (17), das 9h às 17h.