O blogue deseja aos leitores um 2016 de alegria, paz, saúde e felicidade,prosperidade-O CONHECIMENTO DE DEUS PARA AVALIAR E PLANEJAR O ANO NOVO


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Por oferecer subsídios bíblicos para uma qualificada avaliação de tudo que aconteceu no ano que finda e dar orientação e direção seguras para planejar e decidir a vida para o ano que chega, o clássico da literatura evangélica “O conhecimento de Deus”, de J.I.Packer, é uma dica oportuna de leitura numa virada de ano. Leia um resumo das ideias expostas nesta obra que o ajudarão a planejar o ano novo e avaliar o que passou.

O livro, da editora Mundo Cristão, tem um conteúdo teológico básico, essencial e de grande qualidade para a Igreja em tempos de real necessidade de fazer frente a diversionismos teológicos ufanistas e usinas de falsas certezas e megalomanias espirituais que tomaram conta das consciências de tantas lideranças evangélicas.

Os capítulos sobre a sabedoria divina (“Só Deus é sábio” e “A sabedoria de Deus e a nossa”), por exemplo, dão importantes dicas para quem quer refletir seriamente sobre os principais acontecimentos do ano que passou, especialmente aqueles mais desagradáveis.

Leia um trecho que vai ajudar na sua avaliação e balanço de mais um ano que fica na história. E, depois, saiba o que diz a obra sobre como obter orientação divina para o ano novo.

Diz Packer, auxiliando o leitor nesta direção:

“A sabedoria de Deus não pode ser frustrada (…) pois está unida à onipotência. (…) A poderosa sabedoria de Deus está sempre ativa e jamais falha. (…) Muitos entendem mal o que a Bíblia diz ao afirmar que Deus é amor (1 Jo 4:8-10). Pensam que ele planeja uma vida livre de problemas para todos, independentemente de sua condição moral e espiritual. Por isso concluem que qualquer situação dolorosa ou difícil (doença, acidente, dano, perda de trabalho, sofrimento de alguém querido) aponta uma falha na sabedoria ou no poder de Deus, ou ainda em ambos, ou que Deus não existe”.

O teólogo continua: “Essa avaliação acerca do propósito de Deus, porém, é um completo engano. A sabedoria divina não é, e nunca foi, prometida a fim de manter feliz este mundo caído ou confortar a impiedade. (…) Ele tem outros objetivos para a vida neste mundo do que simplesmente torná-la fácil para todos”.

Ainda segundo o pesquisador bíblico, o objetivo de Deus ao nos criar “era que deveríamos amá-lo e honrá-lo, louvando-o” pela criação do mundo. “Deus trabalha continuamente para conduzir cada homem e mulher a um relacionamento de fé, esperança e amor consigo, livrando-o do pecado e mostrando-lhe na vida o poder de sua graça, defendendo seu povo contra as forças do mal e espalhando por todo o mundo o Evangelho mediante o qual ele salva”, afirma o autor.

Em outro trecho, ele recomenda: “Não devemos, portanto, ficar muito abatidos quando coisas inesperadas, perturbadora e desestimulantes nos acontecem. Qual o sentido delas? Bem, significam simplesmente que Deus, em sua sabedoria, quer que cheguemos ao ponto que ainda não alcançamos, e está cuidando para que isso se realize”.

Packer busca explicar melhor tudo isso através de uma ilustração:

“Se você ficar em pé no fim da plataforma de uma estação, observará o movimento constante de locomotivas e trens. Entretanto, você poderá apenas ter uma idéia geral e superficial dos planos gerais que determinam esses movimentos (o programa de operação estabelecido na tabela de horários, modificada, se necessário, de minuto em minuto de acordo com o movimento real dos trens). Se, entretanto, você tiver o privilégio de ser levado por algum chefe para dentro da cabine de comando, poderá observar em uma grande parede o diagrama de toda a linha férrea por cerca de oito quilômetros de distância dos dois lados da estação, com pequeninas luzes móveis ou paradas nos diferentes trilhos para mostrar ao sinaleiro apenas com o olhar onde cada máquina ou trem se encontra. Você poderá observar imediatamente a situação geral pelos olhos dos homens que a controlam; verá no diagrama por que um trem recebeu um sinal de parada, outro foi desviado dos trilhos normais, e outro, ainda, estacionou temporariamente em uma linha lateral. O porquê de todos esses movimentos torna-se claro uma vez que se possa observar a situação geral”. Mas o teólogo ensina que o “erro comumente cometido” está no fato de alguém achar que andar com Deus é estar na cabine de comando e ver todos os porquês da movimentação da nossa história de idas e vindas.

Tal erro é supor que temos “a capacidade de ver por que Deus agiu de tal modo em determinado caso, e o que fará a seguir. (…) A verdade é que o Deus sábio, para manter-nos humildes e nos ensinar a andar pela fé, escondeu de nós quase tudo o que gostaríamos de saber a respeito do propósito providencial que ele realiza nas igrejas e em nossa vida”. Nada como manter a atitude de quem está seguro de que “o Deus criador sabe o que está fazendo”, mesmo “quando não pudermos discernir seus caminhos”.

E, podendo servir para projetar o novo ano, o livro “O conhecimento de Deus” apresenta o capítulo “Tu, nosso Guia”, que compõe a terceira e última parte da obra, intitulada “Se Deus é por nós…” (a primeira parte é “Conheça o Senhor” e a segunda, “Contemple o seu Deus”). Diz J.I. Packer sobre a busca de orientação para a tomada de decisões que “para muitos cristãos, a direção é um problema crônico” e a causa disso são “as distorções” das idéias sobre Deus que se distanciam do real conhecimento de Deus e beiram à “ignorância”. E continua: “A crença na realidade da direção divina se baseia em dois fatos fundamentais: primeiro, a realidade do plano de Deus para nós; segundo, a capacidade de Deus de se comunicar conosco”. Mas num trecho intitulado “Como receber orientação”, afirma: “Cristãos sinceros à procura de orientação muitas vezes se enganam a esse respeito”. E isso, “geralmente é porque seu conceito da natureza e do método da direção divina esteja errado”. Procuram por uma ilusão enganosa; desprezam a direção pronta, à mão, e se entregam a toda sorte de fantasias. O erro maior é pensar que a direção é basicamente uma inspiração íntima do Espírito Santo sem a participação da Palavra escrita. Esta idéia é um canteiro no qual podem crescer todas as formas de fanatismos e insensatez”.

Ainda sobre a “raiz deste engano” cometido quando é preciso decidir, por exemplo, sobre casamento, vida profissional, criação de filhos, ministério e outras escolhas “vocacionais”, decisões práticas da vida cotidiana, o autor explica: “esses problemas não podem ser resolvidos pela aplicação direta do ensinamento bíblico. Tudo o que se pode fazer é procurar nas Escrituras as possibilidades legais entre as opções elegíveis”. Nesse ponto, Packer dá um exemplo de sua própria vida: “Nenhum texto bíblico disse ao autor deste livro para pedir em casamento a senhora que é hoje sua esposa, ou para ser ordenado, ou para começar seu ministério na Inglaterra, ou para comprar seu carro grande e velho”.

Enfim, o escritor assegura, com base no estudo da Bíblia: “O modo certo de honrar o Espírito Santo como nosso guia é honrar as Sagradas Escrituras, seu instrumento para nos guiar (…) Não se trata de indução interior desvinculada da Palavra, mas da pressão exercida na consciência pela representação do caráter e da vontade de Deus na Palavra, que o Espírito nos ilumina para que entendamos e apliquemos à vida.” Coisas como: “Seja o tipo de pessoa que Jesus era”; “busque esta virtude, e esta outra, ou ainda esta e pratique ao máximo”; “reconheçam suas responsabilidades – maridos, para com suas esposas; esposas para com seus maridos; pais, para com seus filhos; todos vocês, para com seus amigos cristãos e para com todos os seus semelhantes”.

Finalizando, ele diz que “o Espírito dirige dentro dos limites estabelecidos pela Palavra, não além deles”, e apresenta seis “armadilhas comuns”, que, apesar de não terem sido escritas com este fim, podem servir como lista de coisas a evitar este ano ou em qualquer outro próximo período de sua vida.

São perigos que podem interromper a direção de Deus e levar ao erro em escolhas da vida:

1. “A indisposição para pensar;

2. A indisposição para pensar adiante e pesar as consequências de longo prazo das alternativas no curso de uma ação;

3. Indisposição para aceitar conselhos;

4. Indisposição para suspeitar de nós mesmos;

5. Indisposição para descontar o magnetismo pessoal (pessoas de destaque não estão necessariamente errados, mas também não estão necessariamente certas!);

6. Indisposição para esperar”.

Na conclusão do capítulo sobre a orientação de Deus para as decisões da vida, Packer deixa versos do inglês Joseph Hart, pregador e compositor de hinos:

“É Jesus o primeiro e o último, Cujo espírito nos guiará ao lar com segurança; Nós o louvamos por tudo o que passou, E confiamos nele por tudo o que há de vir.”

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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