Os motoristas de ônibus de Natal, filiados ao Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sintro-RN) anunciaram paralisação na tarde desta sexta-feira, 11, a partir das 15 horas. De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, a paralisação vai durar pelo menos duas horas.

Ainda segundo o que anunciou a assessoria do Sintro-RN, a paralisação foi a forma encontrada para protestar contra uma “onda de assaltos”.

Estranho, muito estranho.

Afinal, há dias que não registra essa tal “onda de assaltos”.

De maior repercussão, apenas o registro de uma tentativa de homicídio contra o motorista de um ônibus alugado pelo Alecrim Futebol Clube. E o incidente foi resultado de uma briga no trânsito.

Nada, portanto, que diga respeito à violência de assaltantes.

Mas, bem ou mal, o incidente virou pretexto para mais uma manifestação.

Um protesto onde o maior prejudicado é o usuário do sistema de transporte coletivo da capital e a população de Natal.

A tática dos motoristas é concentrar a paralisação dos ônibus em frente ao Sindicato dos Motoristas, na altura do Viaduto do Baldo, no centro de Natal. E também em outros pontos da capital, incluindo o corredor da avenida Bernardo Vieira, por onde passam praticamente todos os ônibus que trafegam nas quatro regiões da cidade.

A que se deve esta manifestação, ninguém sabe.

A quem serve, muito menos.

Quem vai perder é o usuário natalense, aquele que usa o sistema de transporte para trabalhar, estudar, ir às compras ou simplesmente para o lazer.

E esse usuário ainda corre o risco de ser forçado a descer do ônibus onde o motorista bem entender que deve parar o veículo. Isso depois de pagar a passagem e não poder chegar ao seu destino.

Já aconteceu em todas as outras manifestações.

E vai acontecer de novo.

Seja por conta de uma tal “onda de assaltos” ou outra motivação qualquer.

Será que a crise política no Brasil teria ligação com o protesto? Será que o sindicato, filiado a CUT estaria indo a rua para mostrar que está de prontidão em sua via política?