Flávio Azevedo explicou que a Ambev, que durante 20 anos usufruiu de isenção fiscal, só poderia continuar com o benefício concedido pelo Poder Público caso continuasse fabricando cerveja, o que, segundo o secretário, não era mais interesse da gigante do ramo de bebidas.
“Ambev precisaria voltar a fabricar cerveja, ou seja, assumir sua atividade industrial, e não apenas comercial, como se tornou de 2010 pra cá. Não há como fornecer isenção, dentro do PROADI, para atividade comercial”, justificou Flávio Azevedo.
Para reverter a decisão da fábrica, o Governo iniciou diálogo com a empresa e deu a possibilidade de reenquadramento dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROADI). A condição, no entanto, seria de que a Ambev voltasse a fabricar cerveja no estado, não apenas comercializar através do centro de distribuição. Porém, segundo o secretário, a Ambev disse que seria inviável.
“A empresa justificou que a produção no Ceará e na Paraíba atendem a demanda do Rio Grande do Norte. Eles alegaram que para voltar à atividade industrial precisariam investir cerca de R$ 300 milhões em novas instalações, o que seria difícil para a indústria diante da crise financeira e da queda nas vendas de cerveja no estado”, explicou o secretário. “Assim, a Ambev fechou as portas por decisão própria, e ninguém pode atribuir ao Governo do Estado essa de empregos diretos e indiretos”, finalizou.