MUNDO TEM JEITO ?Pesquisas confirmam que telefones escutam suas conversas; aprenda a impedir coleta


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RESUMINDO A NOTÍCIA
Celulares e notebooks são capazes de captar conversas e anúncios, apontam estudos.
Uma das técnicas para isso é conhecida como ‘sinais ultrassônicos’.
Comissão dos EUA já notificou empresas sobre uso da tecnologia.
Aprenda a revogar permissões de aplicativos e impedir a coleta de conversas.
Dispositivos podem rastrear anúncios uns dos outros com sons inaudíveis
Dispositivos podem rastrear anúncios uns dos outros com sons inaudíveis
PIXABAY
Smartphones nos escutam e criam anúncios baseados em nossas conversas? Esse é um dos mais velhos questionamentos dos donos de aparelhos modernos, gerenciados por empresas que ganham bilhões, literalmente, ao vigiar cada um dos nossos passos e vender para outras grandes empresas, num ciclo conhecido como “capitalismo de vigilância”.

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Não é exatamente raro percebermos um anúncio de algo que foi tema de uma conversa poucos minutos antes, inclusive por áudios de TVs ou computadores.

Essa possibilidade se torna ainda mais assustadora após as denúncias de Edward Snowden, que mostraram que governos também acessam sem muitas barreiras toda essa coleta de informações.

Uma pesquisa recente encomendada pela empresa NordVPN apontou que 53% dos americanos e 45% dos moradores do Reino Unido acreditam que os smartphones realmente ouvem conversas.

Segundo a empresa, uma das técnicas usadas por anunciantes, para mostrar esses anúncios, é chamada de “sinais ultrassônicos” — sons de alta frequência inaudíveis para humanos (entre 18 e 20 kHz), que contêm dados captados por aplicativos em outros dispositivos.

Por exemplo, um anúncio de fast food na TV pode ser captado por seu smartphone, o que faz com que o aparelho receba as informações ultrassônicas, e minutos depois um anúncio da mesma marca aparece no feed de alguma rede social. Isso cria uma ideia de onipresença da empresa.

Uma patente da Sony chegou a propor que usuários falassem o nome da marca para interromper comerciais dela em diferentes dispositivos.

Um estudo de 2017 da Technical University of Braunschweig, na Alemanha, detalhou a técnica e revelou que 234 aplicativos de Android eram capazes de detectar sinais ultrassônicos e gerar anúncios baseados neles.

Um ano antes, a FTC (Comissão Federal do Comércio dos EUA) emitiu uma advertência formal a empresas que usam técnicas do tipo, principalmente por preocupações com privacidade e vigilância sem consentimento de usuários.

Como restringir a ‘audição’ de dispositivos
A maneira mais simples de evitar esse tipo de coleta de dados é revogar permissões de certos aplicativos. A mais importante delas é proibir certos aplicativos de acessar informações de microfone. Isso é feito de forma relativamente fácil nas Configurações de privacidade do aparelho.

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Além disso, fique atento quando um app usa seu microfone — no Android, um ícone verde aparece no canto superior direito da tela, no iPhone a cor é laranja.

Também é possível contratar uma VPN para impedir que o rastreamento por IP seja usado, uma vez que essas redes virtuais usam criptografia para mascarar esses registros.

LEIA ABAIXO: Os riscos escondidos nos termos de uso de aplicativos para celular

‘Estamos aceitando que muitos aplicativos tenham acesso a dados pessoais que, muitas vezes, até escondemos ou escondemos de pessoas que conhecemos. A pergunta que devemos nos fazer é ‘este aplicativo realmente precisa de acesso a todos esses dados”, afirma
Os termos e
condições dos aplicativos são, muitas vezes, longos e tediosos — o que leva
muitos usuários a autorizar a coleta de dados sem saber o que está em
jogo. É o que alerta o gerente da escola de tecnologia Ironhack Barcelona,
Tiago Santos*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques
Segundo uma
pesquisa da Organização Espanhola de Consumidores e Usuários (OCU), cerca de 9
em cada 10 usuários não revisam as condições de privacidade antes de
aceitá-las. Do total de entrevistados, 3 em cada 4 também não estão preocupados
com essa questão — mas deveriam
‘Ao dar acesso
aos nossos contatos, por exemplo, estamos compartilhando com aquele aplicativo
os dados dos contatos da nossa agenda. Já ao permitir acesso à nossa
localização, consentimos que o app saiba todos os nossos movimentos’, afirma
Outras permissões
bastante comuns visam ter acesso à câmera e ao microfone do smartphone, à
galeria de fotos, ao calendário de compromissos e ao dispositivo, de forma
geral. Santos alerta que muitas delas não são necessárias para um bom
funcionamento e desempenho do app e geralmente são usadas pelos desenvolvedores
para extrair informações dos usuários e direcionar a cada um uma publicidade
mais personalizada
Em 2016, o
Norwegian Consumer Council realizou um experimento para detectar os maiores
problemas dos termos e condições dos aplicativos. Para isso, a empresa imprimiu os termos e condições de uso dos
30 apps mais populares e convidou um grupo de voluntários para lê-los
‘Eles
descobriram que levaria cerca de 32 horas para ler os termos e condições de uso
dos aplicativos. Outra questão é a apresentação e terminologia utilizada, que
tornam a compreensão da leitura praticamente impossível para leigos’, diz
Segundo o
especialista, uma cláusula para a qual os usuários devem ficar especialmente
atentos é aquela que concede permissão ao aplicativo vender seus dados a
terceiros, outros serviços ou empresas associadas. A quantidade de informações
pessoais que os usuários disponibilizam e movimentam na internet é muito
elevada e isso tem e terá suas consequências se eles não souberem geri-la

Para diminuir
os impactos dessa exposição, é possível escolher como e quando compartilhar os
dados. A maior parte dos aplicativos disponibiliza as opções ‘sempre’, ‘nunca’ ou ‘enquanto o aplicativo está em uso’
‘Estamos aceitando que muitos aplicativos tenham acesso a dados pessoais que, muitas vezes, até escondemos ou escondemos de pessoas que conhecemos. A pergunta que devemos nos fazer é ‘este aplicativo realmente precisa de acesso a todos esses dados”, afirma
Os termos e
condições dos aplicativos são, muitas vezes, longos e tediosos — o que leva
muitos usuários a autorizar a coleta de dados sem saber o que está em
jogo. É o que alerta o gerente da escola de tecnologia Ironhack Barcelona,
Tiago Santos*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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Os termos e
condições dos aplicativos são, muitas vezes, longos e tediosos — o que leva
muitos usuários a autorizar a coleta de dados sem saber o que está em
jogo. É o que alerta o gerente da escola de tecnologia Ironhack Barcelona,
Tiago Santos*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques
Segundo uma
pesquisa da Organização Espanhola de Consumidores e Usuários (OCU), cerca de 9
em cada 10 usuários não revisam as condições de privacidade antes de
aceitá-las. Do total de entrevistados, 3 em cada 4 também não estão preocupados
com essa questão — mas deveriam
‘Ao dar acesso
aos nossos contatos, por exemplo, estamos compartilhando com aquele aplicativo
os dados dos contatos da nossa agenda. Já ao permitir acesso à nossa
localização, consentimos que o app saiba todos os nossos movimentos’, afirma
Outras permissões
bastante comuns visam ter acesso à câmera e ao microfone do smartphone, à
galeria de fotos, ao calendário de compromissos e ao dispositivo, de forma
geral. Santos alerta que muitas delas não são necessárias para um bom
funcionamento e desempenho do app e geralmente são usadas pelos desenvolvedores
para extrair informações dos usuários e direcionar a cada um uma publicidade
mais personalizada
Em 2016, o
Norwegian Consumer Council realizou um experimento para detectar os maiores
problemas dos termos e condições dos aplicativos. Para isso, a empresa imprimiu os termos e condições de uso dos
30 apps mais populares e convidou um grupo de voluntários para lê-los
‘Eles
descobriram que levaria cerca de 32 horas para ler os termos e condições de uso
dos aplicativos. Outra questão é a apresentação e terminologia utilizada, que
tornam a compreensão da leitura praticamente impossível para leigos’, diz
Segundo o
especialista, uma cláusula para a qual os usuários devem ficar especialmente
atentos é aquela que concede permissão ao aplicativo vender seus dados a
terceiros, outros serviços ou empresas associadas. A quantidade de informações
pessoais que os usuários disponibilizam e movimentam na internet é muito
elevada e isso tem e terá suas consequências se eles não souberem geri-la

Para diminuir
os impactos dessa exposição, é possível escolher como e quando compartilhar os
dados. A maior parte dos aplicativos disponibiliza as opções ‘sempre’, ‘nunca’ ou ‘enquanto o aplicativo está em uso’
‘Estamos aceitando que muitos aplicativos tenham acesso a dados pessoais que, muitas vezes, até escondemos ou escondemos de pessoas que conhecemos. A pergunta que devemos nos fazer é ‘este aplicativo realmente precisa de acesso a todos esses dados”, afirma
Os termos e condições dos aplicativos são, muitas vezes, longos e tediosos — o que leva muitos usuários a autorizar a coleta de dados sem saber o que está em jogo. É o que alerta o gerente da escola de tecnologia Ironhack Barcelona, Tiago Santos

*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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