MUNDO DESCONTROLADO-Peixes mortos aparecem na areia de praia alargada de Balneário Camboriú; FOTOS



Peixes mortos na areia alargada da Barra Sul na Praia Central de Balneário Camboriú na manhã desta quinta-feira (5) — Foto: Felipe Salles/NSC TV

Peixes mortos na areia alargada da Barra Sul na Praia Central de Balneário Camboriú na manhã desta quinta-feira (5) — Foto: Felipe Salles/NSC TV

Peixes mortos apareceram na areia da praia alargada de Balneário Camboriú, no Litoral Norte. Os animais puderam ser vistos na manhã desta quinta-feira (5) na Barra Sul.

A secretária municipal do Meio Ambiente, Maria Heloisa Lenzi, afirmou que não há problema para os banhistas. Ela também disse que não vê relação com as “lagoas” que se formaram na Barra Sul 11 meses após o término da obra na Praia Central.

“Provavelmente descarte de pesca. Temos as mesmas lagoas nas praia agrestes. Ela não é exclusiva da Praia Central”, afirmou a secretária.

Peixes mortos na areia da Barra Sul na Praia Central de Balneário Camboriú na manhã desta quinta-feira (5) — Foto: Felipe Salles/NSC TV

Peixes mortos na areia da Barra Sul na Praia Central de Balneário Camboriú na manhã desta quinta-feira (5) — Foto: Felipe Salles/NSC TV

Possibilidades

 

O professor de ecologia e oceanografia Paulo Horta, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), falou que há várias possibilidades de por que os peixes apareceram mortos.

Como a secretária, ele citou o descarte da pesca. “Isso é um problemão no Brasil, é um problemão gigante no mundo porque a pesca de arrasto já produz um impacto gigantesco. Uma série de animais acabam morrendo por falta de interesse comercial. O problema é que eles descartam para não ocupar espaço no freezer. Como não tem valor comercial, é descartado para não ocupar espaço na geladeira do barco”, afirmou.

Close de peixe morto na Barra Sul na Praia Central de Balneário Camboriú na manhã desta quinta-feira (5) — Foto: Felipe Salles/NSC TV

“A outra possibilidade, infelizmente por conta do processo de poluição com nutrientes dissolvidos, pode ter havido um evento de anoxia [ausência de oxigênio] pontual em alguma região que acabou matando os peixes”, completou.

O professor ainda levantou uma terceira possibilidade, de uma substância tóxica. “Seja de origem natural, das algas, floração de algas nocivas podem produzir toxinas que matam peixes. Ou podemos estar falando de alguma outra substância tóxica liberada em pequena quantidade”.

Ele também ensaiou uma relação com a “lagoa”. “Se ela ficou com nível de água, podem ter ficado aprisionados ali esses animais e aí, com a elevação da temperatura ou com exposição desses animais, eles podem ter morrido. Seja por exposição a altas temperaturas, o que acaba acabando com o oxigênio, seja pela ausência de água”.

A balneabilidade foi adicionada às possíveis influências na morte dos peixes. A Praia Central está totalmente imprópria para banho há seis semanas, de acordo com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

‘Lagoa’ na Barra Sul na Praia Central de Balneário Camboriú na manhã desta quinta-feira (5) — Foto: Felipe Salles/NSC TV

Segundo o professor, a contaminação por bactérias na água do mar indica que é possível que haja nutrientes dissolvidos que podem resultar na floração de algas nocivas.

“O fato é que uma grande quantidade de animais mortos indica que o sistema marinho costeiro está com sua saúde abalada. Precisamos urgentemente de um sistema de monitoramento mais amplo e mais detalhado para podermos ter um diagnóstico mais preciso do que produziu a mortalidade observada”, concluiu o professor.

VÍDEOS: Alargamento da faixa de areia em Balneário Camboriú

 

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