Jornal GGN – O presidente Michel Temer confirmou, neste sábado (21), durante o velório do ministro Teori Zavascki, que só irá escolher um novo nome para o Supremo Tribunal Federal quando a corte decidir quem será o novo relator da Lava Jato. Os processos relativos à operação estavam nas mãos de Teori, que faleceu em decorrência de um acidente aéreo na região de Paraty, no Rio de Janeiro, na quinta (19).

O Supremo tem indicado que irá redistribuir os processos antes que Temer nomeie um novo ministro que herde todo o trabalho de Teori. A ideia e que esse relator seja escolhido por um sorteio ou entre os ministros da segunda turma, presidida por Gilmar Mendes, ou no plenário.

Neste sábado, o jornalista Lauro Jardim publicou que, para Gilmar Mendes, o novo ministro deveria ser encarregado da Lava Jato no lugar de Teori pois não há nenhuma ação que demande urgência em curso.

Gilmar fala em acordo com o regimento interno, que prevê que em caso de morte, aposentadoria ou renúncia, a relatoria de matérias do Supremo ficam a cargo do novo magistrado escolhido pelo presidente da República. Mas o STF tem sofrido pressão para não deixar que o governo Temer – investigado pela Lava Jato – escolha o relator.

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Segundo relatos da Folha, Temer ficou ao lado da família de Teori durante o velório, e estava acompanhado de José Serra, Alexandre de Moraes, Eliseu Padilha, entre outros nomes do primeiro escalão do governo.

Temer definiu Teori como “um exemplo a ser seguido”. “É um homem de bem. O que o Brasil precisa cada vez mais é de homens com a têmpera, exação, competência pessoal, moral e profissional do ministro”, disse Temer à imprensa.

O juiz Sergio Moro também se pronunciou em função da morte de Teori, a quem já havia chamado de “herói nacional”. Segundo a Folha, Moro teria dito, reservadamente, que “nem tudo está perdido”, em referência ao futuro da Lava Jato. À imprensa, ele evitou comentar movimento que pede a indicação de seu nome para Temer para substituir Teori.

“Todos estamos desolados. É uma perda muito grande para a magistratura e a vida continua”, disse o juiz de Curitiba.

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