Em entrevista ao jornal de Tribuna do Norte, a senadora Fátima Bezerra revela todo o desconforto de ser petista. Reconhece que faltou capacidade de dialogo ao governo da presidente Dilma Rousseff, admite que medidas duras e o ajuste fiscal são necessários e que restringem direitos dos trabalhadores, embora vá votar, esta semana, contra a manutenção do fator previdenciário, tal qual o governo deseja.

Fátima também admite que o amplo desgaste do governo e do PT é resultado da percepção geral da mudança, para pior, da realidade econômica.

Em certo momento da entrevista, a senadora divaga. Admite o preço do arrocho em cima dos trabalhadores, elogia o aumento da taxação do lucro dos bancos e recorre ao velho discurso de que é preciso taxar as grandes fortunas, projeto que sequer está em pauta ou discussão.

Diz que o PT é formado por “homens e mulheres que não são perfeitos”, embora recorra ao velho escapismo de alegar que o partido está no fogo cerrado da mídia e é alvo de preconceito ideológico de quem não aceita as transformações sociais realizadas ao longo das administrações petistas.

No plano local, Fátima diz que notícias sobre um possível distanciamento em relação ao governador Robinson Faria não passa de “fuxico”

A senadora descarta qualquer possibilidade de disputar a eleição para prefeito da capital e a eleição para o governo em 2018, afirma que o melhor nome para a disputa de 2016 é o do deputado Fernando Mineiro e que o PT confia no apoio do governador.

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