Macau ; Aécio confirma participação do PSDB nas manifestações do dia 16 contra o governo Dilma


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Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo

Em reunião nesta terça-feira com líderes e vice-presidente do PSDB, o presidente Aécio Neves (MG) anunciou o fechamento de questão do partido em apoio às manifestações convocadas para o dia 16 de agosto em todo país. Esse apoio e chamamento será veiculado em inserções nacionais do PSDB na quinta-feira e sábado. Na reunião, houve consenso também em manter cautela em relação a um possível processo de impeachment e deixar o destino da presidente Dilma Rousseff nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal Federal (STF).

Os tucanos avaliam que a prisão do ex-ministro José Dirceu será um ingrediente a mais para promover as manifestações do dia 16, além da inflação e do desemprego. Ao anunciar sua presença e as chamadas que o PSDB fará na TV, Aécio disse que tem que ficar claro que é um movimento da sociedade civil, e o PSDB vai participar como parcela dessa sociedade civil.

— Vou ser um entre milhões de brasileiros indignados. Sobre impeachment, o que apoiamos são as investigações e o desfecho é responsabilidade exclusiva do governo. Não adianta tentarem jogar isso na conta da oposição. Os que falam em golpe, por favor, leiam o que diz a Constituição sobre golpe. Os que falam em golpe são os que golpeiam a democracia constrangendo as instituições — disse Aécio.

Os tucanos acham que o PT pode responsabilizar o PSDB em caso de tumulto, mas dizem que com ou sem a presença do partido isso pode acontecer.

— Vamos para a rua, cada um em seu estado. Estaremos ao lado da sociedade. O que o PT vai falar depois, não podemos prever — disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

Sobre as tentativas do comando do governo de blindar Dilma do desfecho da Operação Lava-Jato, depois da prisão do ex-ministro José Dirceu, Aécio disse que isso mostra mais ainda a fragilidade da presidente e seria uma espécie de “confissão de culpa”. Ele afirmou que as investigações da Lava-jato já chegaram muito perto do Palácio do Planalto, e o “extrato desse assalto” às empresas públicas mostra que serviu para alimentar o projeto de poder hoje encarnado na figura da presidente Dilma.

— Claro que sim! Quanto mais ministros de estado se apresentam para dizer que a presidente Dilma não tem nenhuma responsabilidade por esse esquema criminoso, mais admitem a fragilidade do governo. Não vamos antecipar nenhum cenário, mas o fato concreto é que o governo está a beira de um ataque de nervos, porque foi o beneficiário da submissão completa de nossas empresas para manter o seu projeto de poder. Na eleição passada, chegaram à vitória tirando recursos de empresas públicas — disse Aécio.

TUCANOS DEBATEM RELAÇÃO COM PRESIDENTE DA CÂMARA

Sobre a dobradinha que o partido faz com o presidente da Câmara, os dirigentes tucanos discutiram como encaminhar essa relação quando se agravar o processo que Eduardo Cunha deverá responder na operação Lava-Jato, se for denunciado pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot. Na reunião, depois de discutirem o espaço oferecido por Cunha nas CPIs do BNDES, Fundos de Pensão e dos Crimes Cibernéticos, ficou decidido que essa relação será discutida lá na frente, e que o PSDB não vai usar esse espaço para atender a uma possível estratégia de Cunha para retaliar o governo.

– Em relação à convivência com Eduardo Cunha, o PSDB vai respeitar as fases do processo que ele precisa para se explicar. Mas o PSDB não vai fazer nenhuma defesa pública nem campanha pela desestabilização dele – explicou um dos dirigentes que participou da reunião.

Os tucanos acham que tem um crédito político e um álibi, porque não apoiou sua eleição, e sim Júlio Delgado (PSB-MG). Por isso vão esperar os desdobramentos diante dos vários cenários existentes sobra o indiciamento de Cunha pela PGR.

– Não vamos ser os algozes nem empurrar Eduardo Cunha para o buraco. Mas também não vamos para o abraço de afogados – observou outro tucano após a reunião.

Em reunião ontem a noite com líderes dos partidos, Cunha definiu que dará ao PSDB as vice-presidências das CPIs do BNDES e dos Fundos de Pensão, e a presidência da CPI dos Crimes Cibernéticos, pleiteada pelo PT. A presidente deverá ser a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RR).

Sobre o espaço que deverá ser dado pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em quatro CPIs que serão instaladas na Câmara, Aécio disse que, embora em minoria, o partido tem quadros para ocupar qualquer cargo, mas não compactuará com o uso político das comissões.

– O PSDB é minoria mas saberá valorizar o espaço que pode ser dado ao partido. Temos quadros altamente qualificados, mas não vamos permitir é que as CPIs tenham como objetivo defender interesses políticos menores -disse Aécio.

O Globo

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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