MACAÍBA RN-Audiência busca soluções para descontinuidade da assistência médica no RN


Audiência Pública busca soluções para descontinuidade da assistência médica nos municípios

Por proposição do deputado Francisco do PT, foi realizada audiência pública sobre o Programa Mais Médicos no Rio Grande do Norte. A finalidade do evento foi buscar soluções para os problemas de fixação dos médicos e descontinuidade da assistência médica no interior do Estado.

De acordo com Francisco do PT, as recentes mudanças em torno do Programa Mais Médicos deixaram uma lacuna ainda maior a afetar os municípios. “Diversos municípios, inclusive a capital, estão com dificuldades para encontrar profissionais médicos. Essa lacuna deixa a população desassistida. As regiões com maior vulnerabilidade social são as mais afetadas”, argumentou o deputado.

Para a deputada Isolda Dantas (PT), o debate deve ser mais amplo, uma vez que, não se trata apenas de um programa social. “Esse é um debate sobre o SUS. É preciso interiorizar os cursos de medicina, com qualidade, no sentido de formar um número maior de profissionais para atuar no SUS e não apenas em clínicas”, defendeu a deputada.

Representando a Secretaria de Saúde do Estado (SESAP), o secretário adjunto Petrone Espineli concordou que a relação entre médicos e população é muito baixa, pois falta profissionais para atender a demanda. “Precisamos formar mais médicos. Após as recentes mudanças, houve um processo de migração dos profissionais dos municípios para o Programa Mais Médicos e isso causou problemas, uma vez que alguns municípios fizeram reposição, porém alguns não conseguiram fazer em tempo hábil e isso implica em perda de recursos”, afirmou o secretário.

O presidente do Conselho Regional de Medicina, Marcos Lima de Freitas, fez o contraponto do debate. Para ele, não são os médicos que não querem ir para o interior nem tampouco é a escassez de profissionais. “É preciso estudar muito para resolver esses problemas. É preciso saber se existem condições de trabalho para atuação dos profissionais no interior do Estado. Muitas vezes um médico não tem as condições mínimas para fazer um diagnóstico”, argumentou Marcos.

Já para a presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde, Débora Costa, o problema não está nos municípios. “Não é verdade que falta estrutura nos municípios. Na capital, muitos postos de atendimento não tem estrutura, mesmo assim os médicos permanecem atendendo. É preciso analisar outros fatores, como por exemplo a carga horária, maioria não aceita trabalhar as 40 horas semanais”, concluiu a secretária.

Como propositor da audiência, o deputado Francisco do PT avaliou o debate de forma positiva e concluiu afirmando que as lacunas precisam ser preenchidas. O deputado entende as dificuldades do setor público, porém, a população não pode ficar desassistida. para ele, os problemas apresentados devem ser resolvidos de forma urgente.

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