Quando se realiza uma pesquisa num dicionário, como o Aurélio, pode-se inferir algumas diferenças entre os vocábulos protesto e consciência. Não que o protesto possua menos relevo. O termo protesto refere-se a queixa, reclamação; o morfema consciência possui raízes filosóficas, sendo uma característica emblemática da espécie humana.

A história da política no município de Guamaré não é divergente de uma prática conhecida a longa data denominada coronelismo (o qual parece estar presente até os dias atuais sob formas diferentes). Nessa prática era trivial o uso de um sistema que controlasse o voto fosse pelo abuso do poder de autoridade ou pela compra de votos ou, ainda, a utilização da maquinaria pública para benefício próprio ou de simpatizantes políticos. Era o célebre VOTO DE CABRESTO.

A comunidade guamareense precisa, pois, utilizar-se da consciência para reverter este quadro. Por meio do voto com consciência é possível vislumbrar uma cidade melhor, com mais recursos para as áreas de saúde e educação, bem como de segurança e lazer. Este voto funciona nas esferas municipais, estaduais e nacionais. Basta usá-lo de modo consciente.

Há uma emergência para que tal situação mude para melhor. Apenas um dado estatístico me faz repensar toda a política de Guamaré, os dados são do ano 2013: a proficiência de alunos do 5º e do 9º ano. Segundo dados do sitehttp://www.qedu.org.br/cidade/272-guamare/aprendizado pode-se claramente ver e analisar a situação do município no quesito Educação. O índice de proficiência em português, entre os alunos do 5º ano, é de 14%; entre os alunos do 9º ano uma ligeira melhora, mas, ainda baixa, 17%. Em matemática a situação é mais grave: entre os alunos do 5º ano o índice é de 10% e entre os alunos do 9º ano, cai para 8%. Vivemos numa cidade paradoxo: rica visto que possui recursos, mas, pobre porque nos parâmetros educacionais é refletida a ineficiência da gestão.

Isto é consciência política: votar em um candidato que apresente propostas coerentes, visando o melhor para a população e que, sobretudo, possua uma vida pública imaculada. Somente com esta ação pode-se extinguir o voto de cabresto. Termino este texto com uma frase de um presidenciável colombiano morto por confrontar corajosamente o cartel de Medellín do traficante Pablo Escobar:
“Ni un paso atrás, siempre adelante.”
(Luis Carlos Galán Samiento)

Isto é, Nem um passo atrás, sempre adiante.

 Leoto Barbosa de Sousa