GUAMARÉ RN-Entenda a importância de criar a cultura de segurança no trabalho nas empresas


Texto: Richell Martins

Um dos termos que mais assustam as empresas é “acidente de trabalho”. Isto se deve aos impactos que ele causa à produtividade e à vida financeira das empresas, principalmente as de médio e grande portes. As organizações que investem em segurança e saúde, para além das exigências legais, colhem resultados vantajosos. Mas, para que o investimento seja feito de maneira eficiente, é preciso contar com assessorias especializadas em SST – Saúde e Segurança do Trabalho.

Quem leva a culpa pela incidência de casos de acidentes de trabalho são, basicamente, dois fatores: a negligência das gestões e a falta de uma cultura de prevenção devidamente estabelecida entre os funcionários de todos os níveis. Segundo o engenheiro de segurança do trabalho e pesquisador do Centro de Inovação do SESI Ceará (CIS), Rodrigo Nogueira, as empresas se dividem entre as que atendem apenas às exigências legais e suas normas regulamentadoras, quando o assunto é SST, e as que investem em ações para além da legislação. “Quando a empresa tem um grau de maturidade maior, ela investe em sistema de gestão, em cultura de segurança baseada em comportamentos, com sistemas de comunicação efetivos, envolvendo os trabalhadores no levantamento participativo de riscos e soluções”, explica.

Faz todo sentido ir além. Rodrigo pontua que os trabalhadores são as pessoas que mais conhecem sobre os processos produtivos, muito mais que técnicos em Segurança do Trabalho – sejam das próprias empresas ou de serviços terceirizados. Quando os colaboradores não participam efetivamente dos programas de prevenção, é comum que, apesar de novas ações determinadas pelas gestões, os casos de acidentes de trabalho continuem acontecendo. “A empresa precisa dar essa abertura e escutar os trabalhadores, criar neles o comprometimento com a segurança, já que eles têm a prática de como agir ou reagir a situações de risco”, afirma.

Como a empresa pode agir

 

Rodrigo Nogueira, engenheiro de segurança do trabalho e pesquisador do SESI Ceará.  — Foto: Marília Camelo

Rodrigo Nogueira, engenheiro de segurança do trabalho e pesquisador do SESI Ceará. — Foto: Marília Camelo

O primeiro grande passo para otimizar essa cultura de segurança do trabalho é começar por cima, da alta gestão. Hoje, o SESI Ceará, através de seu Centro de Inovação, leva às empresas uma série de soluções que podem ser aplicadas e personalizadas.

“De início, nós fazemos um trabalho de conscientização da alta direção, com treinamentos direcionados sobre os impactos sociais e econômicos dos acidentes de trabalho que afetam a produção, para que a segurança seja compreendida como prioridade”, explica Nogueira.

Em seguida, com ajuda de profissionais especializados, é feito um diagnóstico preciso – ouvindo os trabalhadores – sobre fatores de risco e as estatísticas de acidentes já registrados na empresa. O processo é focado em criar soluções preventivas com impacto real, não só em relação a acidentes mas, também, quanto à saúde dos trabalhadores, considerando pontos como exposição a fatores ambientais (ruído, calor, poeira etc) e adoecimento crônico – como é o caso de obesidade, hipertensão, diabetes e sedentarismo entre funcionários, por exemplo.

Entre as metodologias usadas, estão a ARIS e o VOI. ARIS é a sigla para Avaliação do Retorno sobre Investimento em Saúde, que considera o perfil epidemiológico e organizacional da empresa para gerar indicadores para a área de gestão de saúde e tomada de decisões, conhecendo melhor o perfil dos funcionários e identificando maneiras de reduzir os fatores de risco. O foco é a prevenção para o aumento da produtividade, gerando o Retorno sobre o Investimento (ROI – Return on Investment) com impactos diretos, inclusive financeiros. Já o VOI (Value on Investment) é um modelo de análise de valor agregado, ou seja, tanto na valorização da marca quanto no que os funcionários percebem como benefícios das ações de saúde implantadas na corporação – são os impactos que afetam diretamente no bem-estar das pessoas, dentro e/ou fora do ambiente de trabalho.

De onde vêm as soluções

 

Hoje, o SESI Ceará já trabalha junto a diversas empresas, na promoção da segurança e da saúde, em busca de resultados concretos e demonstrando que investir nessas áreas não é um custo. “Os setores de SST não conseguem, sozinhos, resolver todos os problemas das empresas. Nossa ideia principal é fazer o diagnóstico, considerando algumas dimensões de segurança e saúde e, a partir disso, propomos soluções”, explica Rodrigo Nogueira.

Para contratar o SESI Ceará e ter acesso a estas soluções inovadoras, as empresas podem entrar em contato pelo telefone (85) 4009.6300 ou pelo site sesi-ce.org.br.

Edital de Inovação

 

E, além dos produtos e serviços customizáveis, o SESI também está com com as inscrições abertas para o Edital SESI Tech, uma chamada regional que disponibiliza R$ 10 milhões para empresas cearenses e startups de todo o país desenvolverem produtos e/ou serviços com novas tecnologias para soluções em Saúde e Segurança do Trabalhador.

O edital está disponível no seguinte endereço: sesitech.sfiec.org.br.

FIEC - Federação das Indústrias do Estado do Ceará

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