Guamaré RN; Eduardo Cunha e Renan Calheiros viram ‘cabos eleitorais’ de Rodrigo Janot
Por Josias de Souza
Os investigados Eduardo Cunha e Renan Calheiros tornaram-se ‘cabos eleitorais’ involuntários de Rodrigo Janot, candidato a mais dois anos de mandato à frente da Procuradoria-Geral da República. Incluídos por Janot no rol de políticos que respondem a inquéritos no STF por suspeita de receber petropropinas, os presidentes da Câmara e do Senado pegam em lanças contra a recondução do desafeto ao cargo máximo do Ministério Público Federal. A oposição de ambos rende muitos votos a Janot junto à categoria dos procuradores.
O atual mandato de Janot expira em 17 de setembro. Nesta segunda-feira, ele formalizou sua inscrição para a eleição dos nomes que integrarão a lista tríplice de postulantes à poltrona de procurador-geral. Inscreveram-se também dois subprocuradores-gerais da República: Carlos Frederico Santos e Mario Bonsaglia. O prazo para as inscrições encerra-se às 18h.
Nos próximos 50 dias, os postulantes disputarão a peferência da corporação. Em 5 de agosto, os procuradores indicarão seus preferidos em votação secreta. No dia seguinte, a lista dos três mais votados escalará a mesa de Dilma Rousseff. Ela pode selecionar qualquer um. Mas tende a submeter ao crivo do Senado a indicação do mais votado dos três, como de praxe. Hoje, boa parte da categoria avalia que o voto em Janot é a melhor resposta ao nariz torcido de Cunha e Renan.
Além da ajuda indireta dos dois desafetos, Janot leva para a disputa um diferencial que seus contendores não têm como igualar. No seu primeiro mandato como chefe do Ministério Público Federal, o atual procurador-geral tem sido pródigo na concessão de benefícios à corporação —inclui desde viagens e diárias até o auxílio-moradia.
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