GUAMARÉ RN-Compra de última hora e gasto menor


172212O brasileiro, em 2015, além de deixar as compras de final de ano para serem feitas às vésperas do Natal, gastará menos em relação ao ano passado, primariamente com o objetivo de quitar dívidas e economizar, aponta a enquete “Percepções do consumidor para este fim de ano”, realizada pela Deloitte entre os dias 7 e 8 de dezembro, com 1.000 participantes das classes A/B (39%), C (43%) e D/E (18%).

Rodrigo SenaMaioria dos consumidores tem expectativa de ganhar presentes e os itens mais desejados são roupas, seguidas por calçados, perfumes e cosméticos, aponta pesquisaMaioria dos consumidores tem expectativa de ganhar presentes e os itens mais desejados são roupas, seguidas por calçados, perfumes e cosméticos, aponta pesquisa

De acordo com os resultados da enquete, 68% dos entrevistados pretendem gastar menos no fim do ano, refletindo os dados do estudo anterior “Pesquisa Natal 2015 – Revelação sobre o Hábito de Consumo dos Brasileiros”, também da Deloitte, ocorrido em outubro de 2015, no qual 63% pretendiam reduzir gastos com presentes. “Nota-se que consumidores de todas as classes sociais avaliadas querem reduzir os gastos e estão mais preocupados em economizar e quitar dívidas, o que foi apontado por 71% dos participantes”, afirma Reynaldo Saad, sócio-líder da Deloitte para o atendimento às empresas do setor de Bens de Consumo e Varejo. “Há, porém, uma diferença em relação às prioridades de cada classe. Enquanto a classe A/B aponta a necessidade de economizar, com 48% dos entrevistados, as classes C e D/E priorizam quitar dívidas como o principal objetivo – respectivamente, com 48% e 44%”, complementa Saad.

Compras

No levantamento, 69% dos entrevistados afirmam que ainda não realizaram suas compras de Natal – 53% ainda pretendem comprar nos próximos dias e durante as promoções de janeiro, enquanto 16% não farão compras. “Em nossa pesquisa elaborada em outubro, identificamos que mais de dois terços dos entrevistados afirmaram que realizariam suas compras até a primeira semana de dezembro e que aproveitariam as promoções da Black Friday. Agora, com a enquete, seguindo a cultura do brasileiro, registramos que os consumidores acabarão mesmo deixando as compras de Natal para a última hora”, diz Saad.

Para quase metade dos entrevistados (46%), a situação financeira da família estará pior do que no período anterior em relação aos gastos de começo de ano (matrículas escolares, impostos, gastos com Natal e etc.)

Essa condição é compartilhada por todas as classes sociais analisadas, que sentem uma piora no cenário na seguinte ordem: 44% dos entrevistados das classes A/B, 45% da C e 52% da D/E. “O levantamento mostra claramente que todas as classes compartilham o mesmo sentimento de retração em relação ao orçamento doméstico, em especial as classes A/B e C”, conclui Saad. A faixa etária entre 30 e 60 anos é a mais afetada, com 49% destacando que a situação estará pior, principalmente, por sua maioria incluir chefes de família, que normalmente arcam com a maior parte desses gastos de início de ano.

Pressa é risco ao orçamento e ‘inimiga do planejamento’
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, deixar as compras natalinas para a última hora não é uma escolha acertada para quem pretende economizar com esse tipo de gasto, principalmente, em tempos de crise como o atual.
Um levantamento realizado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 19,6 milhões de pessoas pretendem comprar os presentes apenas uma semana antes do Natal, o que corresponde a 14,3% de consumidores que têm a intenção de presentear alguém neste fim de ano.

“Muitos consumidores deixam para comprar os presentes nesta semana por causa do recebimento da segunda parcela do 13º salário. Mas se o consumidor deixa para comprar muito em cima da hora, acaba não tendo tempo para pesquisar preços e, consequentemente, gasta mais. Sem mencionar o risco dele não encontrar o produto desejado e ter que optar por algo mais caro, comprometendo o orçamento”, explica a economista.

Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, a pressa é inimiga do planejamento. Ele alerta que na correria para garantir todos os itens da lista e não deixar ninguém sem presente, o consumidor acaba dando menos importância aos detalhes, cedendo às compras impulsivas. “Há ainda o estresse ocasionado pelas longas filas nos caixas e pela dificuldade para encontrar vaga nos estacionamentos sempre lotados”, adverte o educador.

O ideal, segundo Vignoli, é fazer uma lista de todos os presenteados, definir o quanto se pode gastar e levar o dinheiro contado. Dessa forma, não há perigo de exceder o valor previsto com a compra de outros presentes.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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