FOTOS IMAGENS-Sequestro na Ponte: perícia inicial indica que criminoso morreu com 6 perfurações
Disparos de atirador de elite do Bope causaram ferimentos no braço, no antebraço, na perna e no tórax de Willian Augusto da Silva, que fez 39 reféns por quase 4 horas.
Por Marco Antônio Martins, G1 Rio
O sequestrador do ônibus da viação Galo Branco é visto na ponte Rio-Niteroi — Foto: Ricardo Cassiano/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
O homem que sequestrou um ônibus na Ponte Rio-Niterói, na manhã desta terça-feira (20), morreu com seis perfurações, indica uma primeira análise da perícia, segundo informações obtidas pelo G1.
Os tiros causaram ferimentos no antebraço direito, na perna esquerda, no braço esquerdo e no tórax (duas vezes) de Willian Augusto da Silva, de 20 anos. Ainda não é possível dizer, segundo os peritos, quantos tiros atingiram o sequestrador, já que um mesmo disparo pode ter causado mais de um ferimento – ao penetrar o corpo e ao sair.
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Willian Augusto da Silva, sequestrador do ônibus da Ponte — Foto: Reprodução
Willian foi baleado e morto por um atirador de elite do Batalhão de Operações Especiais (Bope) às 9h04, após quase quatro horas de sequestro. Os 39 reféns, incluindo o motorista do ônibus, foram resgatados sem ferimentos – seis deles haviam sido liberados por Willian ao longo das negociações.
A polícia agiu após Willian descer do coletivo e arremessar um casaco. Quando ia subir a escada para reembarcar, ele foi baleado. O vídeo abaixo mostra o momento exato.
Especialista analisa imagens que mostram momento em que sequestrador se entrega
Pelo menos três snipers (atiradores de elite) estavam em posições estratégicas em volta do ônibus. Um deles estava deitado sobre um carro dos bombeiros e chegou a ser coberto por um pano vermelho para se camuflar.
Sniper que atirou no sequestrador utilizou uma manta vermelha para se camuflar em cima de uma viatura — Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo
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Tão logo Willian caiu, este atirador levantou e fez um sinal de positivo. Pessoas que estavam na ponte, a maior parte presa no trânsito interrompido, comemoraram. As imagens foram exibidas ao vivo pelo Bom Dia Rio. Assista:
Policia dispara tiros na Ponte Rio-Niterói
Ao ser baleado, Willian foi levado para o Hospital Souza Aguiar. “O paciente chegou em parada cardiorrespiratória, e foi constatado o óbito pela equipe médica do hospital”, diz nota da Secretaria Municipal de Saúde.
Arma falsa e ameaça de incêndio
Willian subiu no ônibus, por volta das 5h10, em Alcântara, no ponto final. Deu uma nota de R$ 20 e recebeu troco. A tarifa é de R$ 9,15.
Segundo passageiros, estava calmo e foi assim durante toda a viagem até entrar na Ponte. O sequestro foi anunciado às 5h26. Pouco antes das 6h, o ônibus foi atravessado na pista sentido Rio da Ponte.
Willian intimidava os passageiros com uma arma falsa e ameaçou incendiar o ônibus. O Globocop flagrou quando Willian jogou, já em chamas, um desses recipientes para a frente do ônibus. Eram 6h31. Ninguém foi atingido.
Para tal, cortou garrafas PET ao meio, encheu os recipientes com gasolina e os pendurou ao longo da cabine. Fotos de reféns mostram esses copos improvisados.
Gasolina dentro de ônibus sequestrado na Ponte Rio-Niterói — Foto: Arquivo pessoal
Criminoso parecia desorientado
O porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, afirmou que o sequestro do veículo pôde ter sido premeditado. Segundo informações dos policiais militares que estavam no local, no entanto, o homem parecia desorientado.
O criminoso se identificou como PM, mas a informação ainda não foi confirmada.
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Especialista diz que ação foi ‘perfeita’
O especialista em gerenciamento de crise José Ricardo Bandeira disse que a ação da polícia diante do sequestro na Ponte Rio-Niterói foi “perfeita”.
“Pela ótica da ação tática e operacional foi perfeito. Eles agiram da forma correta desde o começo”, afirmou.
“Até então, a gente acreditava que ele iria se render, mas, ao retornar para o coletivo, ele pode ter mudado de ideia. O gestor de crise ou o próprio sniper pode ter decidido alvejar porque, ao retornar para o coletivo, ele coloca de novo os reféns em risco. Ele estava fora do coletivo e a polícia jamais iria permitir que ele voltasse. Ele teria que ter se rendido naquele momento”, explicou José Ricardo Bandeira.
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Witzel comemora
O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), foi até o local do crime e desceu do helicóptero fazendo gestos de comemoração. Depois, em entrevista coletiva, ele disse que “celebrou a vida”.
“Algumas pessoas
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