FOTOS IMAGENS-RUMORES DE GUERRA-Qassem Soleimani: quem era o general iraniano e qual foi sua importância no Oriente Médio


Qassem Soleimani, general morto em um ataque aéreo americano em Bagdá nesta quinta-feira (2), era um dos homens mais poderosos do Irã.

Ele era major-general da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária, e apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país.

Além Soleimani, o ataque matou as seguintes autoridades:

  • Abu Mahdi al-Muhandis, chefe de milícias do Iraque que eram apoiadas pelo Irã, as Forças Populares de Mobilização
  • Mohammed Ridha Jabri, porta-voz das Forças Populares de Mobilização

A comitiva havia chegado no aeroporto de Bagdá em um voo vindo da Síria, de acordo com militar ouvido pelo “New York Times”.

Proximidade com o aiatolá

Soleimani era muito próximo do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e sobreviveu a diversas tentativas de assassinato nas últimas décadas.

Sua morte tem um grande impacto em um momento de escalada de tensão entre os EUA e o Irã, que se reflete especialmente no Iraque.

Desde o fim de outubro, militares e diplomatas americanos foram alvo de ataques, e na semana passada um funcionário dos EUA morreu em um bombardeio com foguetes.

A crise subiu de patamar na terça (31), quando milicianos iraquianos invadiram a embaixada americana em Bagdá. Trump acusou o Irã de estar por trás da ação e prometeu retaliação. De acordo com o Pentágono, Soleimani teria aprovado os ataques à embaixada.

A invasão da embaixada foi uma resposta a um ataque americano na fronteira com a Síria que matou 25 combatentes das Forças de Mobilização Popular do Iraque no domingo (29).

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Aiatolá Khamenei promete vingança após ataque dos EUA

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Local onde general iraniano foi morto em Bagdá, no Iraque — Foto: Juliane Monteiro/ G1Local onde general iraniano foi morto em Bagdá, no Iraque — Foto: Juliane Monteiro/ G1

Local onde general iraniano foi morto em Bagdá, no Iraque — Foto: Juliane Monteiro/ G1

Análise

O comentarista Guga Chacra, da GloboNews, diz que as consequências serão gravíssimas no Oriente Médio. Assista ao comentário:

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Guga Chacra comenta morte de Chefe da Guarda Revolucionária Iraniana

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O professor de Relações Internacionais Tanguy Baghdadi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que o ataque é “catastrófico” e prevê uma forte reação do Irã.

“Para a estabilidade regional a gente não poderia imaginar um cenário mais tenso. O Iraque é um país muito fundamental. Não é por acaso que a gente teve guerra na década de 90. Sempre foi um espaço de disputa entre o Irã e, nas últimas décadas, os EUA”, diz o especialista.

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Professor de RI da UFRJ comenta impacto do ataque aéreo em Bagdá

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Em abril de 2019, os Estados Unidos designaram a Guarda Revolucionária do Irã como uma organização terrorista. Foi a primeira vez que Washington rotulou formalmente uma unidade militar de outro país como terrorista.

A Guarda Revolucionária Iraniana é uma organização criada após a Revolução Islâmica de 1979. Na ocasião, o governo do país passou a ser supervisionado pelo clero. É uma espécie de exército paralelo que responde somente ao aiatolá Ali Khamenei, que ocupa o posto há 30 anos.

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