FOTOS IMAGENS-Parte de responsáveis por queimadas no AM vem de outros estados, diz Ipaam


Por G1 AM

 


Fumaça na mata na região de Humaitá (AM) — Foto: Reuters/Ueslei MarcelinoFumaça na mata na região de Humaitá (AM) — Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

Fumaça na mata na região de Humaitá (AM) — Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

O diretor presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, afirmou nesta segunda-feira (26) que a maior parte dos focos de queimadas no Amazonas em 2019 foram causados por pessoas de outros estados. Somente de 1º de janeiro a 20 e agosto, 7.150 pontos de calor foram identificados pelo órgão. Os dados foram divulgados durante uma reunião do gabinete de enfrentamento às queimadas.

Para Valente, o processo de migração para o Amazonas pode ter influenciado no problema.

“O que identificamos, preliminarmente, por meio de tecnologias já consolidados como o Sicar, Sigef e a própria base geoprocessada do Ipaam, é que o indicativo aponta que uma parte dos responsáveis pelos focos de calor que identificamos não é daqui do estado do Amazonas, é de outros estados. É bem provável que exista uma cultura de migração e que essas pessoas acabaram adquirindo terras no Amazonas”, disse Valente, por meio de assessoria.

Os incêndios também podem estar ligados aos casos de desmatamento no Amazonas. Na sexta-feira (23), o proprietário de um sítio em Apuí foi multado em cerca de R$ 4 milhões por desmatamento ilegal. Segundo o Ipaam, já foram identificadas pessoas responsáveis por desmatar 99.869,8 hectares no Sul do Estado e na Região Metropolitana de Manaus (RMM).

Ainda de acordo com o órgão, o Sul do Amazonas é a área mais afetada – com 85% dos focos. Do total, 6.016 casos estavam distribuídos em sete municípios da região. São eles: Apuí, Lábrea, Novo Aripuanã, Manicoré, Boca do Acre, Humaitá e Canutama.

Das ocorrências, 43% foram identificadas em áreas federais e cerca de 1% em unidades de conservação estaduais, geridas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Os focos de calor identificados até agora representam 0,16% de toda a extensão territorial do Amazonas.

Os dados são obtidos por meio de um trabalho conjunto entre Sema, Ipaam, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas (CBMAM), Defesa Civil do Amazonas, Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e demais forças de segurança estaduais e federais.

5 mil focos em um mês

Somente nos primeiros 19 dias do mês de agosto foram registrados 5.305 focos de queimadas em todo o estado. O índice do mês já é três vezes maior que o registrado nos primeiros sete meses de 2019.

A cidade de Apuí lidera o ranking de municípios que apresentaram a maior quantidade de focos de calor entre janeiro e julho, com 673 registros. Em seguida, estão as cidades de Novo Aripuanã (152 focos), Lábrea (119) e Manicoré (94).

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