O ex-namorado da manicure Sandra Godoy, 29 anos, desaparecida desde o dia 28 de setembro deste ano, é o principal suspeito do sumiço dela. Ele foi preso em Ribeirão Cascalheira, onde trabalha como gerente de uma fazenda, na quinta-feira (3), mas a informação só foi confirmada pela polícia nesta terça-feira (8).

Segundo a delegada Luciana Canaverde, que investiga o caso, o suspeito continua preso na Cadeia  de Água Boa e ainda não foi ouvido, já que as investigações ainda estão em andamento.

O pai de Sandra, José Carlos Godoy, ficou sabendo da prisão no dia em que ocorreu, mas, segundo ele, a prioridade é descobrir o paradeiro da filha. “Não tenho uma notícia da minha filha e para mim isso é o que importa.

Meu filho está acompanhando as investigações na delegacia, mas na família estão todos abalados. Todo mundo sofrendo e angustiado”, diz.

Luiz Carlos Araújo, irmão de Sandra, acredita que as investigações estão andando, no entanto, também cobra informações sobre a localização dela. “Sempre vou à delegacia, mas não relataram nada ainda sobre minha irmã e estamos aguardando”, comenta.

Entenda o caso
Sandra Godoy é de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, e teria desaparecido na rodoviária de Canarana, a 838 km de Cuiabá, há mais de dois meses, enquanto seguia viagem para Ribeirão Cascalheira, onde o ex-namorado mora. Os familiares fizeram buscas na região do Araguaia à procura de pistas do paradeiro dela.

As amigas de Sandra disseram que ela tinha viajado para receber uma dívida. Porém, ainda não se sabe quem seria o devedor.

A Justiça de Mato Grosso autorizou em outubro a quebra do sigilo telefônico da manicure a pedido da polícia. De acordo com o pai, José Carlos, no dia 9 de novembro, a família recebeu uma ligação informando que o relatório sobre as ligações de Sandra haviam chegado na delegacia em Água Boa, onde o caso também é investigado. No entanto, ao chegar na delegacia, a informação foi que o relatório ainda não havia chegado. Até o dia 24 de novembro, em matéria publicada pelo G1, o sigilo telefônico não havia chegado na delegacia.

O caso, que era investigado em Canarana, passou a ser investigado na delegacia de Água Boa no final de novembro.