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Elaine Bast sobre câncer de mama: ‘Posso me considerar curada’
Repórter descobriu a doença após fazer reportagem sobre o tema para o ‘Jornal Nacional’.
Três meses após descobrir que estava com câncer de mama, a jornalista Elaine Bast comemora o fato de sempre ter feito exames de rotina e, por isso, ter tido conhecimento da doença logo no início. Graças a isso, a repórter do “Jornal Nacional” teve como fazer o tratamento rapidamente. “O oncologista disse que posso me considerar curada”, declarou ela em conversa exclusiva com oEGO.
Elaine, que sempre fez ultrassonografia de mamas e mamografia todos os anos, como deve ser, recebeu o resultado dos exames, coincidentemente um dia após ter feito umareportagem sobre o tema para o “Jornal Nacional” em 12 de outubro de 2015.
“A mamografia havia indicado os nódulos, mas até então não sabia se eram malignos. Já havia tido nódulos benignos no passado. Fiz outro exame, chamado mamotomia (uma biopsia percutânea) que apontou, uma semana depois, que os dois focos eram carcinomas. Um terceiro foi localizado depois com ressonância magnética. Mas todos estavam ‘in situ’, ou seja, eram localizados”, explica.
A reportagem sobre câncer foi importante para a jornalista. “Especialmente ter conhecido a Monica, que foi personagem da matéria. Ela passou por quimioterapia, radioterapia e enfrentou tudo com um sorriso e otimismo únicos. Foi um exemplo para mim. Câncer de mama hoje não é mais sentença de morte, pode ser tratado com muito sucesso se for descoberto no início”, diz.
‘A palavra “carcinoma” assusta muito’
Aos 42 anos e com dois filhos pequenos, Elaine conta que ficou apreensiva quando descobriu o câncer. “Quando li o resultado do exame levei um susto. Achei que teria a confirmação de que não era nada. Mas era. E a palavra ‘carcinoma’ assusta muito. Especialmente quando a gente não entende o que tem direito”, conta.
“Fiquei com medo do que poderia acontecer, do que iria enfrentar, de ser algo grave e não poder ver meus filhos crescerem. Perdi o chão. Consegui uma consulta no fim do dia. Mas, ao ler o resultado do exame, o médico ressaltou: ‘Você descobriu no início, é ‘in situ’, tudo vai dar certo’. E explicou: ‘É como se o corpo da gente fosse uma casa e o encanamento apresenta um problema. Esse problema pode ser localizado e resolvido logo ou pode virar uma infiltração e comprometer a casa’. Descobri a tempo de fazer o reparo. Foi tão de início que nem quimioterapia precisei fazer”, comemora.
A jornalista ressalta ainda o quão importante é fazer os exames de rotina: “Sempre fiz, desde os 40 anos, todo os exames periódicos indicados pelo meu ginecologista. Não há histórico de câncer de mama na família, era considerada “risco baixíssimo” pelo médico, daí o susto de ter aparecido esse resultado. E, hoje, o alívio de ter descoberto do início, graças ao exame de rotina”.
‘Foi estranho ouvir: ‘retirar a mama”
Elaine foi orientada pelo seu mastologista a retirar a mama esquerda, mas por prevenção resolveu também tirar a direita. “Sempre tive medo de cirurgia. Nunca havia me submetido a uma. Meus dois partos foram normais. Mas a indicação, segundo o mastologista, era de cirurgia já que os nódulos estavam muito próximos. Poderia retirar um quadrante, mas o mais seguro seria retirar toda a mama esquerda”, conta.
“‘Retirar a mama’, foi estranho ouvir aquilo. Não parecia verdade. Mas não queria correr risco de fazer cirurgia e o câncer voltar. E eu iria fazer a reconstrução imediata, logo após a retirada da mama. Pode parecer uma questão estética, mas não é. Decidi fazer a mastectomia bilateral e tirar também a direita preventivamente. Foram sete horas de cirurgia”, lembra.
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