Uma mulher de nacionalidade portuguesa teve um prejuízo de aproximadamente R$ 4 mil depois que criminosos foram até a sua casa, na Vila Augusta, em Sorocaba (SP), usando uniformes de funcionários da concessionária responsável pelo abastecimento de energia elétrica e fizeram diversas transações bancárias com seus dados de cartão de crédito.

A vítima, que prefere ter a identidade preservada, conta que os golpistas se apresentaram dizendo que a residência tinha sido identificada como uma “unidade com conta de luz muito alta” e, por isso, havia a necessidade de checar se estava tudo correto. “Eles disseram: ‘Nós temos que verificar o chuveiro que, às vezes, está gastando demais, e a máquina de lavar’”, conta.

Na “vistoria”, os ladrões se ofereceram para checar pontos da casa onde poderia estar ocorrendo escape de energia. A partir disso, eles percorreram o local e disseram que havia um defeito na caixa de luz e que a taxa de reparo custaria aproximadamente R$ 190. Como ela avisou que não tinha o dinheiro em casa, eles pediram para ver o cartão do banco dela.

Na sequência, os dois homens furtaram o cartão, que estava com a senha, e fizeram oito movimentações bancárias minutos depois, o que totalizou um prejuízo de R$ 4 mil.

A CPFL alerta que os profissionais da empresa que fazem manutenção vestem uniformes e são identificados com nome e foto no crachá. Os carros também têm o logotipo da empresa e com alguma frase: “A serviço da CPFL”. Além disso, os profissionais não entram na casa do consumidor, não fazem manutenção em aparelhos domésticos, como chuveiros, e não fazem cobrança de taxas.

Alerta
Os idosos têm sido as principais vítimas de golpes e, para que estes crimes sejam evitados, a polícia faz algumas orientações. “A pessoa [suposto funcionário] tem que estar identificada. Normalmente, essas campanhas contam com sites da prefeitura e da Secretaria de Saúde que mostram as datas que devem ocorrer. É preciso também que moradores mais idosos sejam orientados para não deixar ninguém estranho entrar em casa”, explica a delegada Fernanda Ueda.

Em outro caso, um homem foi preso na segunda-feira (11) suspeito de se passar por fiscal de combate à dengue para cometer roubos e furtos a residências em cidades da região de Sorocaba. De acordo com a Polícia Civil, existem registros de crimes em casas de Mairinque, São Roque e Alumínio.

As investigações apontam que Regis Dias, de 44 anos, se passava por agente da Vigilância Sanitária para entrar nas casas das vítimas e furtar carteiras, dinheiro e aparelhos celulares. Na maioria das vezes, as vítimas eram idosos. “Ele já foi indiciado por roubo e também por todos os furtos que cometeu. Alías, essa era uma prática: quando a vítima desconfiava, ele sacava a arma e transformava o furto em roubo”, afirma Ueda.

Os crimes teriam acontecido em março na cidade de Alumínio, quando, em um dos casos, ele teria ameaçado as vítimas para roubar os pertences da residência. Em abril, ele teria passado a atuar em Mairinque, onde teria furtado duas casas. Os policiais da delegacia de Alumínio prenderam o suspeito na casa dele, no bairro Vila Nova em São Roque e ficará detido na cadeia da cidade.