O contador Edmanoel Abraão foi condenado por homicídio culposo na direção de veículo automotor pela morte da jovem estudante de medicina Jussara Lepri, de 24 anos, em 2008. O júri popular ocorreu nesta quinta-feira (10), no Fórum de Vitória. Apesar da condenação, o motorista vai responder pelo crime em liberdade. O promotor de Justiça Sandro Barbosa disse que já recorreu da decisão.

O acidente que matou Jussara ocorreu em 31 de outubro de 2008, na avenida Dante Micheline, na orla de Camburi. Segundo a acusação, Edmanoel estava dirigindo em alta velocidade, disputou um racha e estava embriagado no momento do acidente, apesar de negar tudo.

O julgamento começou por volta das 10h. Familiares de Jussara foram até o Fórum de Vitória para acompanhar a ação do juiz, porém, a mãe da vítima saiu do local antes do início. De acordo com o advogado da família, ela estava muito abalada e resolveu esperar em casa.

O delegado Fabiano Contarato também compareceu ao Fórum. Ele é testemunha de acusação por ter conduzido o inquérito na época. Contarato foi o primeiro a ser ouvido.

Como não havia testemunhas de defesa, o réu foi interrogado também nesta manhã. Edmanoel negou ter participado de racha e afirmou não estar embriagado. Ele disse que apenas ‘deu uma goladinha’ no copo de uísque com energético de Jussara. O contador também disse que não se lembra do que aconteceu na hora do acidente.

O júri popular, formado por quatro homens e três mulheres, entendeu que Edmanoel não tinha intenção de matar a estudante de medicina. O juiz Marcos Sanches fixou pena de três anos, além da suspensão da carteira de habilitação.

Relembre o caso
Edmanoel conduzia o carro e Jussara estava no banco do carona. Eles estavam na avenida Dante Micheline, na orla de Camburi, quando ele perdeu o controle do carro.

O veículo rodou na pista, subiu no canteiro e bateu no poste. A estudante morreu no local. O homem é acusado de dirigir em alta velocidade, disputar um racha e estar embriagado no momento do acidente. Ele nega as acusações.

A perícia afirma que o veículo estava com pneus carecas e rebaixado, o que reduz a estabilidade do carro.

Edmanoel chegou a ser preso, mas foi solto e estava aguardando o julgamento em liberdade. Caso condenado, a pena pode variar de seis a 30 anos de prisão.