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Beltrame chama de ‘atrocidade’ linchamento de suspeito no Rio

Secretário afirmou, porém, que legislação frustra população.
Ele comentou ainda caso de argentina e peruano assassinados.

Fernanda RouvenatDo G1 Rio

Beltrame visitou atividade de projeto social em Copacabana (Foto: Fernanda Rouvenat/G1)Beltrame visitou atividade de projeto social em Copacabana (Foto: Fernanda Rouvenat/G1)

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, lamentou na manhã deste sábado (20) o caso do jovem linchado sob suspeita de roubar um celular em São Conrado, Zona Sul do Rio, na sexta-feira. Beltrame classificou o caso como uma “atrocidade”, mas afirmou que a legislação brasileira encoraja esse tipo de sentimento na população. A afirmação foi feita durante a visita do secretário na atividade de um projeto social de tênis para crianças da Rocinha na Praia de Copacabana, Zona Sul.

“Infelizmente, [o linchamento] é uma atrocidade.  A pessoa é levada a fazer isso porque ela vê as coisas acontecerem, pode até ver a polícia trabalhar, mas dali dois, três dias, vê essa pessoa praticando novamente essa situação, então acaba fazendo essas ações erradas, não tenho dúvida”, disse o secretário (veja ao lado reportagem do RJTV sobre o linchamento).

Para Beltrame, o caso do linchamento, assim como as mortes da turista argentina e do professor universitário peruano, são alguns dos casos em que a polícia fez o seu trabalho, mas que é preciso mexer na legislação e que o Brasil tem medo de encarar a situação.

Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)Secretário de Segurança Pública, José Mariano
Beltrame (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)

“Se nós não mexermos nessa legislação, que, na minha opinião é uma legislação que não educa, não ressocializa, que não pune, nós não vamos avançar muito nesse aspecto. Eu acho que o Brasil tem medo ou vergonha de encarar essa situação de frente. Se nós não enfrentarmos a situação de frente, essa situação vai continuar. Existe uma negligência no sistema, que não é na polícia que conduz 10 mil menores para a delegacia no ano e tem um aumento de 85%, em dois anos, na participação de menores. As pessoas não querem olhar ou desviar o foco na atuação policial”

O secretário comentou também sobre a prisão de um suspeito de esfaquear um turista checo durante o armação. “A polícia está aqui, está fazendo o seu trabalho, mesmo que seja depois, prendendo essa pessoa que fez esse ato contra esse checo. Ele já era condenado por outros crimes, mas, infelizmente, nós temos uma legislação que tem que ser revista imediatamente”, disse Beltrame.

Carnaval
Beltrame acrescentou que o balanço de ocorrências no carnaval foi o melhor possível. Ele citou a quantidade de blocos na rua e afirmou que a policia civil e militar se desdobraram para atender a população”

“Eu não sei se alguma outra polícia no Brasil consegue, efetivamente, dar conta de tudo o que aconteceu no Rio de Janeiro nesses dias sem nem um ou dois episódios lamentáveis, como efetivamente aconteceram. Se você for ver o número de pessoas que foras às ruas, eu acho que a Polícia Militar e a Polícia Civil se desdobraram e muito pra atender a população . Perto dos resultados negativos, eu acho que nós tivemos um carnaval de muito mais positivos do que negativos”, completou Beltrame.

Evento reuniu crianças de projeto social na Rocinha Vinte e nove crianças e adolescentes que fazem parte da Escolinha de Tênis Fabiano de Paula na favela da Rocinha participaram de atividades na Praia de Copacabana com a presença do secretário de segurança.

Mais sobre a escolinha de tênis
O projeto social completou um ano esse mês, e reúne 200 meninos e meninas, de 5 a 17 anos, moradores da comunidade. Os pequenos atletas receberam ainda ingresso para assistir o evento-teste de saltos ornamentais, que acontece neste fim de semana no Parque Aquático Maria Lenk.

O tenista Fabiano de Paula, de 27 anos, é o criado do projeto social. Atleta profissional há 8 anos, ele também é morador da Rocinha e antecipou no ano passado o sonho de criar a escolinha.

“Eu tinha um sonho de fazer esse projeto quando eu parasse de jogar tênis. Com ajuda da secretaria, do governo, a gente conseguiu fazer o projeto antes do Rio Open que aconteceu no ano passado e aí a gente viu essa oportunidade”, disse Fabiano.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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