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Ambulante atingida por trem que teve perna amputada morre no litoral de SP

Acidente ocorreu no bairro Valongo, em Santos, no dia 14 de janeiro.
Marcia Aparecida de Oliveira Kisluk, 33, estava internada na Santa Casa.

Do G1 Santos

A mulher atropelada por um trem em Santos, no litoral de São Paulo, no início do ano, e que teve uma das pernas amputadas, não resistiu e morreu na noite desta sexta-feira (8). Marcia Aparecida de Oliveira Kisluk, de 33 anos, estava internada na Santa Casa de Misericórdia de Santos. Ainda na unidade de saúde, a ambulante descobriu que ela, o marido e o filho, de três anos, haviam sido despejados da casa onde moravam porque não pagaram o aluguel. Ela chegou a gravar um vídeo pedindo ajuda.

A vítima foi atropelada por um trem no bairro Valongo no dia 14 de janeiro, por volta das 12h. Em entrevista ao G1, durante o período em que estava internada, ela falou como tudo aconteceu. “Eu trabalho atrás da Alfândega, próximo à linha do trem, em uma barraca de lanches, há oito meses. Um vagão com lona passou e a força dele me puxou. Se não fosse meu marido, que me puxou rapidamente, eu seria esmagada”, explicou.

Márcia não resistiu e morreu meses após ter
perna amputada (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Marcia foi levada para a Santa Casa e, depois de cerca de 15 dias, passou pela primeira cirurgia para a retirada de parte da perna. Em 4 de fevereiro, fez outra operação para a remoção completa do membro. Na época, o irmão da vítima, Roberto Kisluk, disse que houve demora para a realização do procedimento. “Eu acho que demorou muito. Foram 16 dias até a amputação da perna. Se fosse um tratamento mais adequado, ela poderia estar andando”, disse.

O médico Carlos Henrique Alvarenga Bernardes, da Santa Casa de Santos, explicou o motivo da demora. “Se o trauma tivesse destruído a artéria dela, no momento em que chegasse ao hospital já teria ocorrido a amputação. Houve essa tentativa de salvar o membro, mas, infelizmente, o organismo dela não reagiu e houve a necessidade de fazer a amputação. O que ocorreu é que ocorreu uma infecção muito grave no local”, revelou.

Médico da Santa Casa de Santos explicou o caso
de Márcia (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

O advogado de Márcia, Fábricio Munhoz de Oliveira, entrou com uma ação de indenização e pensão alimentícia contra as empresas ALL e Codesp, envolvidas no acidente, ainda quando a ambulante estava viva.

Em nota, a ALL, responsável pela linha férrea, informou que lamenta o que aconteceu e que é de responsabilidade da Codesp, na área do Porto de Santos, fiscalizar e manter as vias férreas livres e desimpedidas. Já a Codesp diz que a ALL tem a obrigação de manter a sinalização ferroviária, sonora e visual ao longo da linha férrea. A Codesp reconhece que deve manter livre a área de veículos ou cargas da operação portuária.

Em nota, a Prefeitura de Santos informou, por meio do Departamento de Fiscalização Empresarial e Atividades Viárias (Defemp), que o local citado não possui ambulantes cadastrados na Prefeitura de Santos. Se há ambulantes no local, são irregulares e que o local do acidente é jurisdição da Codesp.

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