Carnaubais RN;Balança comercial tem déficit de US$ 62,3 milhões e preocupa Fiern


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Foto: José Aldenir

Carolina Souza

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O Rio Grande do Norte fechou o ano de 2014 com um saldo comercial negativo em US$ 62,3 milhões. Porém, esse resultado não deve ser uma preocupação. De acordo com o gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias (Fiern), Luiz Henrique Guedes, a maior parte das importações do Estado são de ativos fixos, como máquinas e equipamentos, e de insumos de produção. A corrente de comércio cresceu 9,9%.

“Não devemos pensar em diminuir nossas importações para alcançarmos um superávit na balança, mas sim aumentarmos nossas exportações, ao ponto em que superem as importações. Uma corrente de comércio (exportações + importações) robusta representa uma economia dinâmica, e é isso que almejamos para o Rio Grande do Norte”, comentou.

Entretanto, na avaliação do presidente da Fiern, Amaro Sales, os números representam a morte ‘devagarzinha’ da economia potiguar. “Esse déficit significa que a economia vem morrendo devagarzinho por falta de ações governamentais e da capacidade de investimento”, avaliou.

Segundo Amaro, a cadeia produtiva tem esperança que o Estado volte à sua capacidade de investimento. “Nossa economia foi encolhendo ao longo dos anos e hoje temos uma grande esperança de que o atual governador, Robinson Faria, possa trazer a capacidade de o estado investir, a partir do corte dos gastos públicos. Ele afirmou que tem firmado ações com a iniciativa privada para reverter esse quadro. Eu acredito que seja necessário fortalecer o programa de atração de grandes empresas e daquelas que já estão aqui, em nosso Estado”.

No acúmulo de 2014, as exportações ficaram 1,4% maiores que as de 2013, com melões, tecidos de algodão, castanhas de caju, sal e chapas plásticas apresentando os maiores valores exportados. Já as importações do Estado cresceram 17,9% no ano passado, lideradas pelo trigo, fornos e outros equipamentos para a indústria do cimento, geradores eólicos, ativos e insumos de produção predominantes nas importações.

Ainda de acordo com os dados, as exportações de dezembro foram 4,9% menores que as de novembro do mesmo ano e 6,1% maiores que as de dezembro de 2013. “De um modo geral podemos ver como positivo o resultado das exportações do Rio Grande do Norte em 2014 com relação a 2013, de crescimento, mesmo que pequeno, uma vez que as exportações brasileira caíram 7% no mesmo período”, destacou Luiz Henrique.

Segundo o gerente do Centro Internacional de Negócios da Fiern, este é o primeiro ano, desde 2010, que as exportações crescem em relação ao ano anterior. Entretanto, Luiz Henrique Guedes considera que, enquanto alguns setores ou produtos tiveram crescimento expressivo, como o sal (199%), tecidos de algodão (126,8%), peixes (19,5%) e melões (3,1%, por exemplo, outros tiveram reduções.

É o caso das castanhas de caju (-15,7%), balas e bombons (-40,3%), consumo de bordo (-31,5%), bananas (-(-42%), lagosta (25,2%) e açúcar (-71,7). “Ou seja, não existe uma mesma resposta que atenda ou explique o resultado de toda a pauta do estado. Provavelmente, mantendo-se o câmbio favorável em 2015, teremos uma melhora mais abrangente nas nossas exportações”, avaliou.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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