Carnaubais RN; Supremo autoriza buscas “discretas” em gabinete de Eduardo Cunha
Jornal GGN – A edição do Estadão desta quarta (6) revela que o gabinete de Eduardo Cunha (PMDB), investigado na Lava Jato, foi alvo de uma operação de busca e apreensão de documentos que possam comprovar que o hoje presidente da Câmara é autor de um requerimento que teria sido usado para chantagear uma empresa a pagar propina.
Há algumas semanas, foi descoberto um registro no sistema da Casa que mostra que Cunha elaborou o documento, embora ele tenha sido apresentado oficialmente aos demais parlamentares por uma ex-deputada do PMDB, atualmete prefeita de um município do Rio de Janeiro.
A assessoria de Cunha negou que seu gabinete tenha sido alvo da operação. O pedido de busca foi solicitado pela Procuradoria Geral da República, capitaneada por Rodrigo Janot.
Segundo informações de O Globo, o ministro determinou que apenas um oficial e um membro da PGR participasse da busca, para evitar alarde. O fato teria ocorrido na manhã de terça-feira (5).
O jornal ainda afirmou que a operação foi “proveitosa” e que provas de que o requerimento passou pelo gabinete de Cunha, entre outras, foram encontradas.
Do Brasil 247
STF autoriza buscas em gabinete de Cunha
A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou uma operação de busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele é suspeito de se beneficiar do esquema de corrupção da Petrobras e está entre os 50 investigados com inquéritos no Supremo.
Cunha aparece nos registros da Câmara como “autor” de requerimento que teria sido usado para chantagear empresa. Segundo depoimento do doleiro Alberto Youssef, em delação premiada, ele apresentou pedido para investigar uma fornecedora da estatal que teria interrompido o pagamento de propinas, a Mitsui.
Durante a semana, Cunha acusou Rodrigo Janot de ter “opinião formada” sobre seu caso. Ontem, o presidente da Câmara voltou a rechaçar a decisão do procurador-geral da República de pedir ao STF que dê continuidade ao inquérito sobre sua participação no esquema investigado pela Operação Lava Jato.
“Ele escolheu a mim e está insistindo na querela pessoal porque eu o contestei. Virou um problema pessoal dele comigo”, afirmou. Segundo Cunha, no documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele provou que as contribuições citadas foram feitas diretamente. “[Janot] insiste e me escolheu para investigar. Ele coloca as situações que não fazem parte do objeto inicial do Ministério Público baseado em matérias jornalísticas para criar qualquer tipo de constrangimento. Não vai me constranger. Estou absolutamente tranquilo”, garantiu.
Leia aqui na reportagem de Talita Fernandes sobre o assunto.
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