CARNAUBAIS RN-Copom diz que incertezas justificam monitoramento econômico


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Jornal GGN – A maioria dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) considerou que a recente elevação das incertezas internas e externas justificam a monitoração do cenário macroeconômico para os próximos passos na estratégia de política monetária, segundo a ata da última reunião do Copom, divulgada pelo Banco Central. Na última semana, o comitê decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano por seis votos a dois.
Uma das incertezas citadas no documento está ligada à velocidade do processo de recuperação dos resultados fiscais. O BC também considerou que o processo de realinhamento de preços relativos “mostrou-se mais demorado e mais intenso que o previsto”. Além disso, a ata cita “as incertezas em relação ao cenário externo [que] se ampliaram, com destaque para a crescente preocupação com o desempenho da economia chinesa e seus desdobramentos e com a evolução de preços no mercado de petróleo”.
Para os seis membros do Copom que votaram pela manutenção da Selic é preciso “acompanhar os impactos das recentes mudanças” nos ambientes doméstico e externo no balanço de riscos para a inflação, o que, combinado com os ajustes já adotados na política monetária [via aumento da Selic], pode fortalecer o cenário de convergência da inflação para a meta de 4,5%, em 2017”.
Já os dois diretores que votaram pelo aumento da Selic em 0,5 ponto percentual acreditam que “seria oportuno ajustar, de imediato, as condições monetárias, de modo a reduzir os riscos de não cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação e reforçar o processo de ancoragem das expectativas inflacionárias”.
Segundo a ata da reunião, o colegiado considerou que o desempenho da atividade econômica, este ano, está em ritmo inferior ao previsto, e isso tem se intensificado diante das incertezas oriundas de eventos não econômicos (como os casos de corrupção investigados na Operação Lava Jato). Um ponto em particular está relacionado à queda do investimento, devido a influência de tais eventos e a contração do consumo privado, dentro do esperado em termos de dados de crédito, emprego e renda. Porém, o Copom diz que, após um período de ajustes “que tem se mostrado mais intenso e mais longo que o antecipado, à medida que a confiança de firmas e famílias se fortaleça, o ritmo de atividade tende a se intensificar”.
No médio prazo, o comitê avalia que o consumo tende a crescer em ritmo moderado e os investimentos tendem a ganhar impulso. “Pelo lado da oferta, o Comitê avalia que, em prazos mais longos, emergem perspectivas mais favoráveis à competitividade da indústria e da agropecuária. O setor de serviços, por sua vez, tende a crescer a taxas menores do que as registradas em anos recentes”, acrescenta. Em relação à demanda externa, a depreciação do real (alta do dólar) vai ajudar no crescimento da economia brasileira.
Para que tais mudanças se consolidem é fundamental que haja uma trajetória de geração de superávit primários, economia para o pagamento de juros da dívida pública. O Copom diz que a melhora nas condições fiscais do governo vai fortalecer a percepção de sustentabilidade do balanço do setor público. O comitê diz ainda que é preciso haver redução de incertezas que cercam o ambiente doméstico e internacional.
(com Agência Brasil)
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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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