Carnaubais RN; Conta da corrupção na Petrobras vai além dos R$ 6,2 bi do balanço


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Apesar de ter contabilizado em R$ 6,2 bilhões o custo da corrupção em seu balanço, a influência do pagamento de propinas pode ser muito maior. Em Relatório de Administração enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras informou que entre os motivos para as baixas (impairment) de R$ 44,6 bilhões no resultado da empresa está a “postergação por extenso período de tempo” de projetos como o Comperj, em Itaboraí, no Rio de Janeiro, e a segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Entre as causas, segundo a estatal, estariam “problemas na cadeia de fornecedores oriundos das investigações da Operação Lava-Jato”.

A empresa diz ainda que, para o cálculo do chamado impairment, “houve mudanças no contexto dos negócios da companhia, com a redução das receitas operacionais esperadas no futuro devido ao declínio dos preços do petróleo, a desvalorização do real e o impacto da Operação Lava-Jato”. Esses fatores, cita a Petrobras, “estimularam uma revisão das perspectivas futuras da companhia e, consequentemente, levaram à necessidade de redução do ritmo de seus INVESTIMENTOS”.

Ao citar os adiamentos dos projetos da área de Abastecimento, a Petrobras lembra que, além do preço do petróleo e do real, houve “insolvência de empreiteiras e fornecedores, com carência no mercado de fornecedores qualificados disponíveis (como resultado das investigações da Operação Lava-Jato ou por outros motivos)”.

— Essas obras do relacionadas ao impairment dão a entender que tiveram custo maior do que deveriam. Assim, levantam, sim, as suspeitas de que que possa haver corrupção envolvida. Mas o ponto positivo é que a empresa quis dar logo baixa nesses empreendimentos — afirmou João Pedro Brugger, da Leme INVESTIMENTO.

SEM UNANIMIDADE

O balanço da Petrobras em 2014 não foi aprovado por unanimidade. Dos dez membros do Conselho de Administração, Sílvio Sinedino, representante dos funcionários, e Mauro Cunha, representante dos minoritários que possuem ações ordinárias, votaram contra a aprovação. Em nota, Sinedino disse não concordar com a metodologia apresentada em dois pontos: não ter havido nenhuma baixa contábil na primeira unidade da Refinaria Abreu e Lima, e a responsabilidade assumida pela Petrobras como patrocinadora da Petros, o fundo de pensão da estatal. Já no Conselho Fiscal, dos cinco membros, Reginaldo Alexandre e Walter Abertoni votaram contra.

Nesta quinta-feira, a CVM abriu processo para analisar o balanço de 2014. O resultado do terceiro trimestre auditado ficou em outro processo, aberto no início deste ano para analisar os resultados não auditados.

O Globo

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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