Jornal GGN – Com o programa de venda de ativos da Petrobras e o leilão dos blocos do pré-sal, deverá aumentar a participação de empresas petroleiras estrangeiras na produção de óleo e gás no Brasil.

Em 2016, a parte da produção fora do âmbito da Petrobras cresceu 14% e chegou a 457 mil barris diários de petróleo, no acumulado do ano até novembro. Entre as empresas que influenciaram neste aumento estão a Shell, Petrogal e Repsol, sócias da Petrobras no campo de Lula, do pré-sal.

Já os dados operacionais da estatal ficaram praticamente estáveis, com aumento da participação de outras petroleiras na produção nacional, que saiu de 16,5% em 2015 para 18,4%.

Especialistas dizem que este movimento é natural, já que a principal fronteira da produção petrolífera no país é o pré-sal, com projetos leiloados sob o regime de concessão e operados por consórcios da Petrobras com outras empresas.

Estes campos estão compensando a queda de produção dos campos do pós-sal, com boa parte dos projetos operados inteiramente pela Petrobras, explica Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). “ É por isso que a produção fora [da Petrobras]cresce, proporcionalmente, mais que a da Petrobras”, afirma.

Segundo o jornal Valor Econômico, o crescimento da participação de outras empresas deve aumentar com a venda de ativos da Petrobras e o começo da produção de projetos no pré-sal. O potencial é de 90% de aumento na produção das demais petroleiras, cerca de 415 mil barris diários a mais.

Em 2017, deverão ser concluídas as vendas de 35% do campo de Lula, com operação negociada para a francesa Total; 100% do campo de Baúna e 50% de Tartaruga Verde, na Bacia de Santos; e nove campos em águas rasas no Ceará e Sergipe, além de 104 concessões terrestres do Projeto Topázio.