ALTO DO RODRIGUES RN-Falência do Estado se agrava a cada dia, inclusive a do sistema repressivo


Um ministério público e um judiciário vingativo, em parte grandes responsáveis do agravamento deste sistema punitivo, ainda não são atingidos por este flagelo, mas que não se enganem a sua hora chegará.

A falência do Estado está cada dia mais se agravando, inclusive a do sistema repressivo.

A irresponsabilidade dos golpistas que derrubaram o Governo Dilma agrava a falência do Estado, levando consigo até o sistema repressivo que é e sempre foi à base de sustentação da sociedade iníqua, desigual e elitista brasileira.

Todas as pessoas com mais conhecimento sabem perfeitamente que o nosso sistema de justiça, mesmo durante os governos do PT, nas suas diversas instâncias simplesmente tem servido para manter a segurança patrimonial e não a segurança das pessoas.

Temos uma polícia, um ministério público e uma justiça que dedica mais tempo e dinheiro para a garantia do patrimonialismo da oligarquia do que qualquer coisa, logo devido a isto o que se vê que no lugar de procurar ir na direção da correção dos objetivos de todo este sistema, priorizando a vida e principalmente a LIBERDADE das pessoas de todas as classes sociais, estamos indo no sentido contrário disto tudo.

Porém o mais grave é que a mesma iniquidade social que existe no nosso país as ações deste governo tendem a reproduzir até no sistema punitivo por ele acalantado e representado por famigeradas figuras como o atual ministro da Justiça, cada vez mais atinge sempre no elo mais frágil, no caso a polícia. Um ministério público e um judiciário vingativo, em parte grandes responsáveis do agravamento deste sistema punitivo, ainda não são atingidos por este flagelo, mas que não se enganem a sua hora chegará.

É inegável que a visão da polícia numa população de baixa renda tem é verdadeira dual em relação a este órgão de repressão, vendo na mesma um agente da repressão de seus direitos básicos, como o direito de ir e vir que é violado por através desde abordagens para verificação como outras ações policiais, vendo também nesta mesma polícia os únicos agentes do Estado que os protegem dos mais diversos problemas.

Ao mesmo tempo a polícia também sente esta dualidade de comportamento nas populações de baixa renda, tratando-a como repressora e salvadora, é por outro lado acuada pela oligarquia brasileira que simplesmente a vê como mais um de seus “capitães de mato” que lhe deve respeito e obediência, e para tanto os trata desta forma. Todo o policial sabe o perigo de abordar um dos representantes desta oligarquia no mais simples de um dos seus delitos até os mais complexos. Um policial que tiver a petulância de abordar um oligarca bêbado ao volante sabe que a chance de ser punido exatamente por estar cumprindo um dever é extremamente grande.

Ao mesmo tempo em que estes fatores que poderíamos eufemisticamente chamar de subjetivos, o desmonte do Estado leva a outro ponto bem mais trágico para estes representantes do Estado. Aqueles que deveriam antes de qualquer coisa estar guardando a vida de toda a população, no lugar disto lhes é imposto uma mera tarefa repressora e antidemocrática, ciando uma contradição do sistema tornando estes próprios agentes do estado vítimas desta completamente ilógica montagem de Estado.

Na cidade do Rio de Janeiro um policial foi morto por dia na primeira semana de 2017, ou seja, a cada dez pessoas assassinadas uma delas é um policial, ou seja, a polícia da forma que o regime a cria e mantém chega ao absurdo de nem conseguir guardar o seu bem mais precioso, a vida.

Porém este cenário que é calamitoso para a sociedade em geral, principalmente das famílias dos policiais, é algo que está cada vez mais sendo aprovado com alegria exatamente por aqueles que dizem que protegem legalmente os policiais. Lê-se e ouve-se na grande imprensa aliada aos golpistas e nas redes sociais, bravatas extremamente convenientes somente a estes profetas do apocalipse de uma direita irresponsável e portanto criminosa repleta de “amigos da polícia”, que num discursos de ódio como, “bandido bom é bandido morto”, retroalimenta nas corporações o ódio difuso contra os seus “inimigos”, não deixando inclusive os membros da corporação verem que quem alimenta o ódio simplesmente se aproveita indecentemente do mesmo.

A lógica do ódio realimenta cada vez mais a repressão e a repressão à violência, principalmente sobre a classe trabalhadora. Isto poderia parecer ruim para a imensa maioria da população, inclusive os policiais, porém para as nossas oligarquias uma polícia raivosa, vingativa alimentada pelo sentimento de dor pela perda de seus companheiros só pensa em dar o troco. É conveniente, pois quanto mais ódio, mais repressão e mais lucros aos oligarcas.

Porém como a política de ódio é algo que não tem a mínima capacidade de resolver nada, pois no seu processo de retroalimentação conduz o aumento da violência nos dois sentidos. E esta mesma política de ódio, acalentada por quem só vive de pedir mais violência deixa de proteger o que falsamente os tais “amigos da polícia” dizem procurar preservar, a própria polícia, retirando desta o seu objetivo principal, a contensão social.

Mata-se quase um policial por dia na cidade do Rio de Janeiro, mas a única certeza que se tem, que enquanto não for invertida toda esta lógica perversa, que mais repressão, mais ódio, no início do próximo ano haverá somente uma nova estatística, mostrando mais mortes de policiais e criminosos e que também mostrará que os chamados “amigos da polícia”, os verdadeiros vencedores de toda a batalha, este banho de sangue trará mais votos, mais poder e mais regalias, enquanto mais “bandidos” e policiais alimentam esta estatística.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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