A PALAVRA DO DIA-Uma igreja embebecida pelo entretenimento é uma igreja morta


etenimento é uma igreja morta

 

Há alguns dias foi publicado nas redes sociais um sermão de um pastor criticando veementemente os cristãos atuais como um dos grupos mais ignorantes biblicamente falando na história da Igreja. A questão aqui não é discutir a veracidade dessa declaração ou não, mas compreender que sim, esta geração de crentes tem sido um grande pecúlio de ignorância, idiotice e risos sem a mínima necessidade. Não está sendo pregado mais o evangelho de Cristo que afronta o coração idólatra do homem neste mundo imerso na corrupção generalizada. Os pastores estão dando ênfase a eventos intitulados missionários e trazendo pregadores famosos e falaciosos, divulgados nas redes sociais como um show a parte naquela data que ninguém pode marcar nada, porque precisam estar no evento. Os pastores estão enfatizando um grupo de pessoas que tocam e cantam uniformizados com camisas chamativas e frases de efeito ou versículos isolados, que entoam músicas egoístas, antropocêntricas, animadas, muito bem arranjadas, emotivas e nem um pouco bíblicas, o que significa um grupo de pessoas vazias de Deus, rasas da Palavra e sem nenhuma intimidade espiritual.

Pensemos no seguinte: qualquer assunto bíblico-teológico que você pensar neste exato momento (batismo, deidade de Cristo, doutrina cristã, pecado, casamento, sistema de governo eclesiástico, membresia, Ceia, dízimo, etc.) já foi exaustivamente discutido na história da Igreja por homens que realmente dedicavam as suas vidas ao conhecimento da graça de Deus. Uns ficaram com suas heresias, outros morreram em favor da Verdade Absoluta. Hoje, querem posar de teólogos, quando não são sequer biblicistas, mas não passam, na realidade, de animadores de palco, e com eles, levam a muitos, pela beleza física, pela educação e gentileza, pela lábia recheada de romantismos e piadas sem graça e sem necessidade, pelo engodo financeiro. Eventos que deveriam receber a devida importância na comunidade evangélica são estrategicamente escondidos até que outros eventos que nem deveriam existir no meio da Igreja, ou pelo menos nem tão cedo, tomem a indevida importância e ganhem pela má homilética a maioria, extinguindo aos poucos o Espírito de Deus.

Um dos sinais evidentes da igreja que está perdendo a vida é o excesso de risos durante o sermão. Em que momento nos sermões de Cristo ou de qualquer homem e mulher na Bíblia os ouvintes eram levados às gargalhadas? Em que momento a Doutrina Cristã leva o pecador à escancarar os seus dentes numa vida de risos sem controle? Quais partes dos sermões bíblicos têm o tal do quebra-gelo? O que ocorre na Bíblia com relação a dentes é o que não me sai da cabeça: o ranger de dentes. E acredite, isso não é nada bom. O que está ocorrendo é uma tentativa de forjadura de caráter concernente à Igreja do Senhor. Estão tentando transformar a Noiva de Cristo numa donzela ignorante que dê a sua vida pela oferta gorda, pelo dízimo aumentado e que garanta o salário do lobo a frente, estão tratando a nação santa do Eterno como se fosse uma zumbi esfomeada por sangue, cativa em um celeiro, para que quando for liberta das suas prisões meramente emocionais, quem estiver de fora se emocione junto a ponto de morrer para tudo e retornar à vida como mais um morto-vivo. Nunca vi tanta emoção barata dentro da Igreja do Senhor, que na verdade deveria ser uma Noiva fervorosa, racional, devota com lágrimas aos pés do seu Noivo, fiel a Cristo, cheia do Espírito e temente a Deus. Se a Igreja do Senhor está sendo liderada por pseudo-pastores desse naipe, a parte que concordará com esta nojeira gospel se enquadrará nas palavras do discípulo amado, quando diz: “Muitos anticristos têm surgido… eles saíram de nosso meio; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco.” (I Jo 2.18,19).

Todo cuidado é pouco, especialmente com pastores que ainda não quitaram as suas dívidas quando ainda seminaristas, mas fazem do texto de Malaquias um fuzil de assalto e põe nas costas da Igreja, deferindo medo, um jugo sem nenhuma necessidade, a não ser às regalias ministeriais. Não se põe na igreja uma responsabilidade que é restrita aos pastores. Os ladrões de Malaquias são os líderes, não a Igreja.

• O Prolífico.

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