FOTOS IMAGENS-Foliona é agredida com dois socos após sofrer assédio na Lapa; imagem é forte
Foliona é agredida com dois socos após sofrer assédio na Lapa; imagem é forte
Uma mulher foi agredida com dois socos no rosto após ser assediada por um homem na Lapa, região central do Rio de Janeiro. A bióloga Elisabeth Henschel, de 23 anos, estava com o namorado num bar na Avenida Mém de Sá quando foi apalpada por um homem, na última segunda-feira. Ao procurá-lo, a vítima levou dois socos no rosto.
— Estava com o meu namorado num bar e senti um homem me apertando. Quando fui tentar tirar satisfações com ele, levei um soco no nariz. Tentei abrir os olhos de novo, achando que ele ia agredir meu namorado, e levei outro soco — conta Elisabeth, que viu o homem se afastar minutos depois.
Enquanto tentava se encaminhar para o hospital mais próximo, a vítima voltou a reconhecer o agressor e acionou alguns guardas que passavam pelo local.
— Fomos levados pelos homens do Lapa Presente em carros separados à delegacia, onde prestei depoimento e fiz o registro de ocorrência pela manhã, depois de sair do Hospital Souza Aguiar — conta Elisabeth, que levou três pontos no nariz.
Elisabeth fez um registro de ocorrência contra o agressor na 5ª DP (Gomes Freire). A assessoria de imprensa da Polícia Civil, em nota, informou que diligências estão sendo realizadas:
“De acordo com informações da 5ª Delegacia de Polícia – Centro foi instaurado procedimento para apurar as circunstâncias em que uma mulher foi agredida com um soco no rosto, na Praça João Pessoa, no dia 27 de fevereiro. A vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito. Demais diligências seguem em andamento”.
Vítima clama por segurança às mulheres
Elisabeth saiu para pular o carnaval fantasiada de diabinha e com um body com a palavra “Feminist” (feminista, em tradução direta do inglês) acompanhada do namorado. Ela conta que, no decorrer do dia, ouviu ofensas e crê que a roupa escolhida tenha motivado as abordagens.
— Ouvi gracinhas todo o dia. Mas não posso me intimidar por isso. Nós, mulheres, temos o direito de sair com a roupa que queremos. Fiquei sabendo de outros casos de agressão contra mulheres e a homossexuais neste carnaval. Quem for agredido não deve se deixar impactar por isso. Tem que procurar uma autoridade para resolver — diz ela, que espera que o agressor seja julgado: — Quero que se cumpra o que está dentro da lei e que ele se resposabilize pelo que fez. Agora, estou com medo de sair de novo. Vou passar o resto do meu carnaval em casa.
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