A PALAVRA DO DIA-Onde está o fundamento da nossa relação com Deus? O desânimo nos faz desistir da obra do Senhor? Adoramos apenas quando estamos alegres? Precisamos sentir um arrepio para saber que Deus está presente?
Onde está o fundamento da nossa relação com Deus? O desânimo nos faz desistir da obra do Senhor? Adoramos apenas quando estamos alegres? Precisamos sentir um arrepio para saber que Deus está presente?
Reflexão A Fé e as Emoções
Onde está o fundamento da nossa relação com Deus? O desânimo nos faz desistir da obra do Senhor? Adoramos apenas quando estamos alegres? Precisamos sentir um arrepio para saber que Deus está presente?
É verdade que os sentidos são úteis porque através deles recebemos a palavra de Deus. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm10.17). Uma vez gerada em nós, a fé passa a ser o fator dominante na nossa relação com o Senhor. O mais importante não é o que vemos ou o que sentimos, mas o que cremos com base na palavra de Deus. Está escrito: “O justo viverá pela fé” (Hab.2.4).
No episódio da tentação, Eva ouviu a voz do Inimigo; ficou deslumbrada ao ver o fruto proibido e acabou tocando nele e comendo-o. Seus sentidos foram atraídos e dominados pelo mal (Gn.3).
Outro exemplo pode ser observado em I Samuel 16. O profeta ficou admirado com a aparência dos irmãos de Davi e, por pouco, não ungiu a pessoa errada.
Temos a tendência de viver dependendo daquilo que sentimos ou vemos. Quando estamos diante de algo com aparência grandiosa, ficamos impressionados e isso pode afetar indevidamente nossa espiritualidade. Por isso é que as imagens de ídolos e as grandes catedrais são tão importantes em algumas religiões. Em alguns casos, as chamadas artes sacras são usadas na tentativa de se preencher o vazio de uma doutrina mentirosa. Qualquer estátua que se fabrique, tendo qualidade artística, será facilmente aceita como objeto de culto, ainda que não represente uma pessoa real. Os discursos eloqüentes também podem exercer uma influência muito forte, mesmo que a sua mensagem seja uma heresia. A visão e a audição despertam nossas emoções e isso pode ser confundido com experiência espiritual.
A fé na palavra de Deus é a base sólida de uma espiritualidade sadia.
Observemos a firmeza da fé nas palavras do apóstolo: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus…” (Rm.8.28). Paulo não disse: sentimos ou vemos, mas sabemos. É algo claro, concreto e inabalável. Se Deus disse algo, nós sabemos que isso é realidade. Não dependemos de sentir ou ver alguma coisa.
Quando Jó estava mergulhado em sua tribulação, ele disse: “Eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). Se Jó fosse depender de seus sentidos e sentimentos, estaria perdido.
Jesus disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt.18.20). Sua palavra é o que nos basta. Se sentimos a sua presença, ele está entre nós. Se não sentimos, ele está também. Devemos crer porque ele prometeu. Como disse Paulo: “Andamos por fé e não por vista” (II Cor.5.7). Esse é um dos aspectos do “andar no espírito”, outra expressão paulina (Gál.5.16).
Outras palavras chegarão aos nossos ouvidos. Nossos sentidos serão assediados por muitas influências, mas nossa vida espiritual deverá estar fundamentada na fé que depositamos sobre a palavra de Deus.
Emoções controladas pelo espírito.
Os sentimentos não podem ser ignorados, mas não podemos ser controlados por eles. Assim como os sentidos físicos, as emoções são importantes na experiência espiritual, mas não são determinantes. Quem vive movido por sentimentos será uma pessoa instável e sempre desconfiada em relação às coisas de Deus.
Nossa filiação divina, o perdão dos nossos pecados, a certeza de vida eterna e a posse dos nossos direitos espirituais não dependem daquilo que sentimos, mas da palavra de Deus, que é fiel e não pode mentir. Devemos encarar tudo isso como fatos espirituais consumados.
Nosso compromisso e fidelidade ao Senhor também não podem depender de sentimentos. Não seremos movidos pelo entusiasmo nem detidos pelo desânimo. Estamos determinados a continuar nosso trabalho até o fim. Emoções negativas podem ser ameaçadoras, mas iremos apresentá-las ao Senhor em oração para que ele as controle pelo seu Espírito.
Vivendo pela fé seremos firmes. “Os que confiam no Senhor são como os montes de Sião, que não se abalam, mas permanecem para sempre” (Salmo 125.1).
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