Blog do César Santos

O grupo de empresários, capitaneados por homens bem sucedidos como Tião da Prest e Jorge da Repav, não fechará portas para apoios ao projeto de disputar a Prefeitura de Mossoró nas eleições deste ano. Apesar de ser denominado de “novo”, o grupo tem ampliado o diálogo com todos os segmentos da velha política, carimbada por  famílias tradicionais: Rosado, Maia e Alves.

Veja:

Os Rosados são representados pelo empresário e secretário da Prefeitura de Natal, Marcelo Rosado, visto como um dos prefeitáveis ao lado de Tião e Jorge.

Os Alves colocaram o DNA no projeto através do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves.

Os Mais se aproximaram em duas frentes: uma com o ex-deputado federal João Maia, presidente estadual do PR; outra com o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, através da ex-prefeita Cláudia Regina, que preside a sigla agripinista em Mossoró.

E o que isso significa? Nada de novo.

O grupo tenta viabilizar um projeto eleitoral como qualquer outro, partindo da máxima de que campanha eleitoral se vence somando, nunca dividindo.

E que mal tem Rosados, Alves e Maias? Nenhum.

Ademais, deve-se reconhecer que os empresários teriam, como de fato têm, dificuldade de alcançar a massa, visto que eles fazem parte de uma casta bem sucedida, fincada no segmento social de alta patente, distante do povo pobre da periferia.

Para alcançar as classes menos favorecidas, o grupo precisa dos políticos tradicionais, experientes, conhecedores dos caminhos e veredas que levam aos que vivem na faixa dos excluídos.

É exatamente isso que o grupo de empresários está fazendo. Ao convocar Cláudia Regina, por exemplo, está se reforçando com uma política que  se movimenta como poucos nas classe sociais de “B” a “Z”. Ela disputou a Prefeitura de Mossoró em 2012, abrindo portas na periferia, onde conhece cada um pelo nome.

Ao se abraçar com o ex-deputado João Maia e o deputado federal Rogério Marinho, além do ex-candidato a vice-governador de Wilma de Faria e ex-prefeito de Lucrécia, Vagner Araújo, os empresários se reforçam com personagens experientes nas articulações de bastidores, adeptos da política de conchavos e de acordos de gabinetes.

Pois bem.

Não há nada que desabone a conduta dos empresários, muito menos diminua a importância do grupo dentro do processo sucessório municipal.

Eles estão fazendo o que os grupos tradicionais também estão fazendo; se articulando para a construção de um palanque capaz de conquistar a Prefeitura de Mossoró. E isso não tem nada de errado, nem de novo.

De resto, o marketing toma de conta.

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