O crime ocorreu no dia 17 de abril. O rapaz suspeito de matar a garota tem 21 anos e é filho de um policial militar. Após ser baleada, a jovem ainda chegou a ser socorrida e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Itapuã. Testemunhas disseram à polícia que ela foi levada para a unidade médica pelo pai do suspeito e outros moradores da região.

“Ele [o suspeito] pegou minha filha 5h, na escola, e 6h minha filha deu entrada na UPA sem sinais vitais, morta. Onde está a investigação das câmeras da UPA? Quem deu entrada com ela? Por que a polícia que estava na UPA não prendeu quem levou o corpo da minha filha? Por que levaram a minha filha e não esperaram o Samu chegar? Já que minha filha já estava morta, porque pegar a minha filha e tirar a minha filha da casa? Por que tirar, mexer na cena do crime? São respostas que eu não tenho”, desabafou a mãe da jovem.

Familiares e amigos da adolescente Victória fizeram uma manifestação na noite de quinta-feira (4), na Avenida Dorival Caymmi, segundo informações da Polícia Militar. O grupo caminhou na via em direção à Delegacia de Itapuã, no sentido orla. Com faixas e camisetas brancas, os manifestantes pediram a prisão do ex-namorado da vítima.

Conforme a polícia, Victória Paixão foi baleada pelo ex-namorado, na varanda da casa do suspeito, na tarde de 17 de abril. A adolescente chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Itapuã, em seguida foi transferida ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 22h45.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito estava inconformado com o fim da relação com a adolescente, que durou dois anos. Antes do crime, ele encontrou com a garota no Colégio Rotary, onde ela estudava e, de lá, eles seguiram caminhando para a casa dele. Após o crime, ele fugiu.

Segundo a polícia, a mochila da vítima foi achada na casa do suspeito. O jovem deverá responder pelo crime de feminicídio. No perfil do suspeito em uma rede social, foram deixadas mensagens de repúdio ao crime e até ameaças ao jovem.

Vitória foi enterrada no dia seguinte ao crime, no Cemitério Bosque da Paz, no bairro de Nova Brasília, na capital. Uma multidão, entre amigos e familiares, participou da cerimônia de despedida a Victória Paixão.